Semana de vacinação sem fake news: vacinas são seguras e salvam vidas

Entre os dias 20 a 27 de abril, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promove a Semana de Vacinação nas Américas 2024, visando garantir a saúde e o bem-estar das famílias. As campanhas de imunização, iniciadas no século 20, representam uma das maiores conquistas da humanidade, contribuindo significativamente para a sobrevivência e prosperidade das crianças. Seus impactos podem ser observados na erradicação de doenças como a varíola e no controle eficaz de outras, como a poliomielite.

Nos últimos anos, porém, a disseminação de fake news vem causando desinformação, o que tem prejudicado os esforços de imunização e redução da adesão a campanhas, como a da semana de vacinação. As dúvidas e, em alguns casos, até mesmo recusa à vacinação por parte da população contribui para o ressurgimento de doenças evitáveis, como o sarampo.

Quando as fake news são espalhadas, não apenas a integridade individual das pessoas é arriscada, mas também o desenvolvimento de um país. Isto porque as vacinas funcionam como escudos protetores contra doenças graves, reduzindo tanto as internações hospitalares quanto os custos associados a tratamentos médicos. Esse alívio não só desafoga os sistemas de saúde, mas preserva a produtividade no trabalho e na educação, impulsionando, por conseguinte, o progresso econômico.

Mas o fato verdadeiro é que as vacinas são seguras. Antes de serem disponibilizadas ao público, os imunizantes passam por testes clínicos rigorosos, compostos por várias etapas de pesquisa em laboratório, com testes em animais e em seres humanos, e são supervisionados de perto por profissionais qualificados. E, mesmo após aprovação, as vacinas são continuamente monitoradas para detectar qualquer efeito colateral raro ou inesperado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Porém, apesar de em 2022 4 milhões de crianças terem sido vacinadas globalmente a mais do que em 2023, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda houve 20 milhões de crianças que perderam uma ou mais doses de imunização. 

A imunização em larga escala pode levar ao fenômeno da imunidade coletiva ou de rebanho. Ao vacinar uma parcela significativa da população contra uma doença específica, mesmo aqueles que não podem ser imunizados (como recém-nascidos ou pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, a depender do tipo de vacina) também serão protegidos, uma vez que há menor propagação dessa doença, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Combate à desinformação

Nesse contexto, a busca por informações confiáveis é fundamental para proteger as pessoas tanto contra a desinformação quanto contra as doenças. É crucial combater a disseminação de notícias falsas por meio de informações precisas e baseadas em evidências, garantindo que o público tenha acesso a fontes confiáveis de conhecimento sobre vacinas.

Pensando nisso, o Governo Federal criou o programa Saúde com Ciência, uma colaboração entre diferentes ministérios destinada a promover e fortalecer políticas públicas de saúde, além de valorizar a ciência. A estratégia envolve a identificação e compreensão da desinformação, a promoção de informações confiáveis e a resposta preventiva aos efeitos negativos das redes de desinformação.

Se você receber alguma informação sobre saúde e achar que isso pode ser falso, acesse a plataforma FalaBr, preencha com as  informações sobre o que foi publicado, quem publicou, o link da publicação e anexe arquivos, se possível. A plataforma irá analisar a veracidade dessa informação e te dar uma resposta. 

Ajude a combater as fake news: compartilhe apenas conteúdos de fontes confiáveis sobre saúde e a importância da vacinação.

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