Mitos e verdades sobre a vacinação

As vacinas são super importantes para a saúde, já que salvam vidas e ajudam a evitar epidemias de doenças no mundo todo. Atualmente, a varíola e a poliomielite, que causaram muitas vítimas no passado, foram erradicadas graças às campanhas de vacinação. A vacina continua sendo o método mais eficaz de prevenção de diversas doenças como o sarampo, a gripe, a febre amarela, entre outras.

Apesar dos avanços na imunização que garantiram maior longevidade da população mundial, ainda há muitos mitos sobre as vacinas. Por um lado, temos bastante informação à nossa disposição na Internet, no entanto, este mesmo meio tem sido o propagador de diversas fake news (notícias falsas) sobre o assunto. Por isso, confira abaixo algumas informações e tire suas dúvidas:

MITO – “Como a maioria das doenças evitáveis por vacinas está sumindo, a vacinação não é mais necessária.”

 

“Os patógenos causadores das vacinas continuam circulando. Se estes encontrarem a população desprotegida, causarão as doenças. Portanto, as vacinas são extremamente necessárias”, explica Dra. Atalanta Ruiz Silva, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. Um exemplo atual é a vacinação contra o sarampo. A doença já estava praticamente erradicada no Brasil quando novos casos surgiram e trouxeram a necessidade de uma nova campanha de vacinação, que se iniciou em agosto deste ano no Brasil todo.

VERDADE – “Gestantes, bebês e pessoas imunodeprimidas (pacientes com AIDS, que passaram por transplante, que estão em tratamento oncológico, entre outros) devem ser vacinados.”


Sim, eles podem se vacinar. No entanto, “há um esquema próprio para cada um deles. Se for uma vacina com o patógeno atenuado, como febre amarela, varicela, tríplice viral, entre outros, as vacinas só poderão ser ministradas quando as gestantes tiverem os seus bebês e as pessoas imunodeprimidas estiverem com a imunidade adequada e com a liberação do médico infectologista”, destaca a médica.

MITO – “A vacinação contra a gripe não é eficaz e o influenza não é uma doença grave.”

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o vírus influenza mata de 300 mil a 500 mil pessoas por ano no mundo todo. A vacinação contra a gripe é o método mais eficaz, já que previne contra os tipos mais comuns do vírus influenza.  “A vacina contra Influenza não causa gripe, porque não utiliza o vírus atenuado”, destaca Dra. Atalanta. A confusão acontece porque a vacinação contra a gripe não previne contra os resfriados. Ou seja, a pessoa pode se vacinar e contrair o resfriado na sequência.

 VERDADE – “Algumas vacinas precisam de reforço ao longo da vida.”

Sim, a influenza é recomendada anualmente, além do duplo tétano a cada dez anos. Além disso, o reforço é recomendado caso a pessoa frequente áreas de risco ou em casos de surtos. E todas as vezes que houver campanhas de vacinação, a população deve procurar o serviço de saúde e se informar se é indicada a vacinação para ela”, destaca a médica do Hospital São Camilo.

MITO – “Vacinas causam autismo.”

Segundo o Ministério da Saúde, esse mito surgiu por conta de um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo. No entanto, o conteúdo foi considerado seriamente falho e retirado pela revista que o publicou. A situação foi o suficiente para causar pânico na população e, consequentemente, diminuir a adesão à vacinação.

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