12 de fevereiro, 2020
A instituição se prepara para receber pacientes com suspeita da doença.
Desde o mês de dezembro, o mundo inteiro está em alerta. Com o aparecimento do novo subtipo do coronavírus, o Hospital Santa Izabel, através do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, já está preparado para receber casos suspeitos da doença.
Na entrada das Emergências Pediátrica, Adulto e de Otorrinolaringologia, avisos alertam para os sintomas. Distribuição de máscaras e álcool em gel também já fazem parte da rotina hospitalar. Profissionais de saúde e administrativos foram orientados para receber estes pacientes, assim como leitos já foram selecionados para o caso de internamento e acompanhamento.
Nas próximas semanas, com a chegada do Carnaval, alguns cuidados precisam ser intensificados. Confira as dicas da Dra. Raíssa Bastos, infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Santa Izabel.
Afinal, o que é o coronavírus?
Trata-se de uma nova variante do coronavírus, denominada 2019-nCoV. O espectro clínico não está descrito completamente e ainda não se sabe o padrão de letalidade, mortalidade, infectividade e transmissibilidade. Os primeiros coronavírus em humanos foram identificados em meados da década de 60.
A vigilância epidemiológica de Infecção Humana pelo novo coronavírus está sendo construída à medida que a OMS consolida as informações recebidas dos países e novas evidências técnicas e científicas são publicadas, podendo haver alteração a qualquer momento.
Qual é a forma de contágio?
Como é uma doença nova, ainda não tem muitas informações. O que se sabe é que o coronavírus pode se espalhar pelo ar ou através do contato pessoal e secreções contaminadas, como a saliva, espirro, tosse ou contato com superfícies contaminadas. Outra forma de contaminação é coçar os olhos, por exemplo, com as mãos infectadas. Por isso, lavar sempre as mãos e usar álcool em gel são boas formas de evitar a infecção.
Como é feito o diagnóstico?
O período de incubação pode variar de 2 a 14 dias em média. Seu diagnóstico é feito duas formas:
- Diagnóstico clínico: Depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico (recomendável que todos casos de síndrome gripal sejam questionados o histórico de viagem para o exterior ou contato próximo com pessoas que tenham viajado para o exterior).
- Diagnóstico laboratorial: Específico para coronavírus, através da detecção do genoma viral.
É fundamental que o paciente avise aos médicos se fez alguma viagem recente, e/ou se teve contato com quem viajou e/ou com alguém que apresentou sintomas.
Quais os sintomas?
Os sintomas são parecidos com o de um resfriado comum. Em caso de febre, tosse e dificuldade para respirar, é preciso ficar alerta. Em alguns casos, também há complicações respiratórias, podendo evoluir para pneumonias.
Qual é o tratamento?
Assim como não há vacina, também não há tratamento específico. Tem sido indicado repouso, consumo de líquidos, alimentação saudável e algumas medidas para aliviar os sintomas, como medicamentos para dor e febre.
Cuidados extras:
Além dos pacientes, os profissionais de saúde também precisam estar atentos para possíveis infecções. No Hospital Santa Izabel, foi divulgado um informativo entre os colaboradores com dicas para evitar a contaminação, como o uso de equipamentos de segurança (máscara, avental, óculos, luvas), além de água e sabão e uso de álcool em gel.
Toda a equipe, incluindo recepcionistas e porteiros, vem recebendo treinamento para auxiliar pacientes com suspeita da doença e entrega de máscaras.