Processamento de Produtos para Saúde: Desafios e Evidências

26-08-Cafe Johnson  Johnson-61 bb651O Café da Manhã Anahp desta quarta-feira (26) abordou o tema “Processamento de Produtos para Saúde: Desafios e Evidências”. Organizado pela Anahp e Johnson&Johnson Medical Brasil, o evento contou com a apresentação de Ana Maria Ferreira de Miranda, Diretora Executiva do NASCECME – Núcleo de Assessoria, Capacitação e Especialização em Central de Material e Esterilização.

Durante sua apresentação, Ana Maria abordou a legislação vigente referente ao processamento de materiais, o processamento de materiais potencialmente contaminados com Prions, além de cuidados gerais no processamento de materiais.

Também destacou uma pesquisa internacional, publicada em 2015, em que foram analisadas as práticas de reprocessamento de instrumentos cirúrgicos de 26 hospitais em 9 diferentes países de média e baixa renda para averiguar o nível de eficácia de esterilização dos equipamentos nesses hospitais. Foram detectadas falhas no tempo de exposição dos equipamentos e pressão, aspectos básicos, que ocasionaram consequente erro no processo e risco aos pacientes.

“Infelizmente, em países com esse perfil, caso também do Brasil, geralmente dispomos de apenas um recurso tecnológico, na maioria das vezes autoclave à vapor, mas este equipamento precisa atender a requisitos básicos que garantam sua eficácia. Mesmo diante de restrições econômico-financeiras e estruturais, compete aos profissionais responsáveis pelo processamento garantirem a eficácia e, por conseguinte, a segurança do processo para usuários e pacientes”, disse.

Outra preocupação diz respeito às endotoxinas, por vezes negligenciada no processamento, mas sabidamente causa recorrente de casos de infecções por PPS (produto para saúde).

26-08-Cafe Johnson  Johnson-67 c372bAna Maria ainda alertou para os diversos casos de infecções causadas pelo processamento inadequado de duodenoscópios, que recentemente levaram à morte de diversos pacientes de hospitais dos Estados Unidos. Ela citou o ECRI Institute, que listou o ‘Top 10 Health Technology Hazards for 2015’, posicionando o “reprocessamento inadequado dos endoscópios e instrumentos cirúrgicos” como o 4º item mais alarmante em seu ranking.

Para Ana Maria, investir na qualificação da equipe e na infraestrutura do hospital são as melhores maneiras de evitar esse tipo de problema e recomenda a criação de uma área de Contingências para Falhas.

“Se há preparo para compreender o foco da falha e pensar em melhorias, o problema não volta. Evita-se retrabalho e desgaste da imagem da CME como prestador de serviço”, afirmou.

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