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Hospital Sírio-Libanês inaugura Núcleo de Álcool e Drogas

O Hospital Sírio-Libanês acaba de inaugurar um núcleo de excelência especializado na avaliação, diagnóstico, tratamento e reinserção social e laboral de pessoas com problemas relacionados ao uso de álcool e drogas. O objetivo do Núcleo de Álcool e Drogas (NAD) é atuar nas áreas de prevenção, assistência, ensino e pesquisa.

Na assistência será feita a identificação e o desenho de fluxos e protocolos assistenciais, para identificação e encaminhamento dos casos. “Também faremos treinamentos com os enfermeiros, geralmente os primeiros a perceberam os sinais de abstinência”, afirma o coordenador do NAD, Arthur Guerra. Uma das primeiras iniciativas nesse sentido está prevista para 2018, quando será promovido um curso de especialização em atenção integral em álcool e drogas. No campo da prevenção, serão feitas palestras em escolas e empresas.

O lançamento do Núcleo de Álcool e Drogas contou com a presença de Paulina Duarte, Secretária Interina de Segurança Multidimensional da Organização dos Estados Americanos (OEA), responsável pela Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD), e de representantes da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

“Para cada cinco pessoas que procuram assistência médica, uma tem problema com álcool e drogas”, explica Guerra. “Nos hospitais, os pacientes não admitem o problema, que só é descoberto quando surgem os sinais de abstinência.” Segundo o Relatório Brasileiro sobre Drogas, 1,2% das internações notificadas no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2001 e 2007, no Brasil, foram ocasionadas pelo uso de drogas. De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde, estudos estimam que entre 10% e 18% dos casos de pacientes feridos que procuram serviços de pronto atendimento têm relação com o uso de álcool.

Além disso, a terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), feita com mais de 2 milhões de alunos e divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 23,8% das meninas haviam ingerido bebida alcoólica nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa. Entre os meninos, o percentual foi de 22,5%. A pesquisa também mostrou que 9% dos alunos já usaram drogas ilícitas, sendo 9,5% entre os meninos e de 8,5% entre as meninas. “As informações e alertas precisam chegar aos alunos, aos pais e às equipes pedagógicas”, afirma Guerra.

Fonte: Hospital Sírio-Libanês

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