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Vera Cruz Hospital lança Programa de Saúde Pulmonar

Iniciativa promove hábitos saudáveis com o intuito de prevenir doenças respiratórias e oferecer diagnóstico precoce por meio de atendimento multidisciplinar

O Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), acaba de lançar o Programa de Saúde Pulmonar, iniciativa voltada à promoção da saúde respiratória, prevenção de doenças graves e diagnóstico precoce, com o suporte de uma equipe multidisciplinar. O objetivo é melhorar os desfechos clínicos dos pacientes e incentivar hábitos de vida mais saudáveis.

O programa atende pacientes de todas as faixas etárias — jovens, adultos e idosos — com atenção especial àqueles expostos a fatores de risco, como tabagismo, poluição e histórico familiar de doenças respiratórias. A equipe é composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da saúde, que atuam de forma integrada, oferecendo cuidado contínuo, desde a triagem até o acompanhamento pós-tratamento.

A proposta incentiva escolhas que fortalecem os pulmões, melhoram a respiração e aumentam a vitalidade no dia a dia. “Com acesso a recursos avançados, conseguimos oferecer soluções personalizadas e de alta qualidade, sempre focadas no bem-estar e na recuperação do paciente. Temos, por exemplo, um acompanhamento estruturado para quem deseja parar de fumar, seja cigarro tradicional ou eletrônico. Esse processo é conduzido por uma equipe multiprofissional e pode ocorrer de forma individual ou em grupo, com o apoio de testes e medicamentos que abordam os três pilares da dependência tabágica: químico, emocional e comportamental”, explica Ermilo Junior, responsável pelo atendimento aos pacientes tabagistas.

Fumar, aliás, continua sendo a principal causa de morte evitável no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dos riscos amplamente divulgados, o hábito permanece elevado, inclusive entre os jovens. O pneumologista Ronaldo Macedo, também do Vera Cruz, ressalta que o cigarro está associado a uma ampla gama de doenças, como enfermidades cardiovasculares, problemas no sistema circulatório, infecções respiratórias crônicas, além de quadros como impotência sexual, infertilidade e vários tipos de câncer. “O cigarro eletrônico, inclusive, é frequentemente citado como uma alternativa menos nociva ao cigarro convencional, mas isso é um equívoco perigoso. Esses dispositivos contêm diversas substâncias tóxicas além da nicotina e podem causar danos severos, como enfisema pulmonar, dermatites e outros problemas respiratórios, somando-se aos prejuízos já amplamente conhecidos do tabagismo tradicional”, pontua.

Rastreamento

O programa também contempla um sistema robusto de rastreamento do câncer de pulmão, que pode ser iniciado tanto em consultas ambulatoriais quanto em atendimentos de emergência. Tabagistas ativos com histórico prolongado (acima de 30 anos) são encaminhados para avaliação clínica com pneumologistas e realização de exames de imagem, como tomografia. Caso sejam identificados nódulos, o paciente passa por biópsia com a equipe de cirurgia torácica e, se necessário, é direcionado ao oncologista para tratamento multidisciplinar. Quando não há sinais de malignidade, o acompanhamento continua com o pneumologista.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025 o Brasil deve registrar cerca de 32.560 novos casos de câncer de pulmão por ano — o que representa um risco estimado de 15,06 casos a cada 100 mil habitantes. Projeções indicam um aumento de até 65% até 2040. Globalmente, é o câncer mais comum entre os homens e o terceiro entre as mulheres. Em termos de mortalidade, é a principal causa por câncer entre os homens e a segunda entre as mulheres.

Além disso, dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), publicados na revista The Lancet Respiratory Medicine, apontam um crescimento significativo da doença entre pessoas que nunca fumaram. Atualmente, já representa a quinta principal causa de morte relacionada ao câncer no mundo em não fumantes.

Macedo ressalta que, além do tabagismo e do câncer de pulmão, outras doenças respiratórias também exigem atenção, como a asma, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumonias, bronquites, tuberculose, doenças pulmonares intersticiais — como fibroses e inflamações crônicas — e a apneia do sono. “O sistema respiratório é vital e sensível a diversas agressões. Por isso, é fundamental estar atento a qualquer sinal de desconforto, como tosse persistente, chiado no peito ou falta de ar. O diagnóstico precoce faz toda a diferença, pois permite iniciar o tratamento adequado com mais rapidez, o que impacta diretamente na recuperação e na qualidade de vida do paciente”, conclui.

Fonte: Vera Cruz Hospital

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