Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Time do pé diabético é criado no Hospital Madre Teresa

O objetivo da equipe multidisciplinar é padronizar o atendimento e oferecer um serviço mais ágil e humanizado.

O Hospital Madre Teresa (HMT) conta agora com o “Time do Pé Diabético”. O projeto foi idealizado pela equipe de tornozelo e pé do HMT em meados de junho de 2020 e tem como objetivo oferecer um cuidado ainda mais aprofundado e direcionado ao paciente internado no HMT e que se enquadra nessa condição.

O time multidisciplinar é composto por ortopedistas e traumatologistas, cirurgiões cardiovasculares e plásticos, clínicos gerais, endocrinologistas e uma enfermeira especializada em feridas.

De acordo com um dos membros do time o médico ortopedista e cirurgião de tornozelo e pé, Dr. Thiago Alexandre, o objetivo é promover uma melhor qualidade de vida aos pacientes que apresentam complicações da doença, “pensamos em integrar todas as especialidades envolvidas direta e indiretamente no atendimento e reabilitação dos pacientes diabéticos. A ideia do time é padronizar o serviço e oferecer um atendimento global e ágil aos nossos pacientes com quadro de Diabetes Melitus”, explica.

A Diabetes e o Pé Diabético

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 422 milhões de adultos apresentam Diabetes Melitus. No Brasil, estima-se que esse número gire em torno de 9 milhões de pessoas. O pé diabético é uma complicação da doença e ocorre quando uma área dos pés é machucada e/ou infeccionada desenvolvendo feridas ou úlceras muitas vezes difíceis de serem tratadas. O paciente diabético normalmente apresenta comprometimento tanto nos grandes vasos, quanto nas microcirculações causando uma deficiência sanguínea e problemas neuropáticos.

É o que explica a enfermeira especialista em feridas do Hospital Madre Teresa e também membro do time, Emiliany Freitas “as lesões em pacientes diabéticos caracterizam-se por uma variedade de anormalidades resultantes da combinação de neuropatia e/ou vasculopatias sendo responsável por internações hospitalares prolongadas, podendo resultar em amputações. Devido à atenção e cuidado que esse tipo de paciente requer, a atuação multidisciplinar do time é fundamental”, diz.

Para tanto, o Time do Pé Diabético atua em várias frentes a fim de evitar a expansão das lesões. O controle dos níveis glicémicos, intervenções arteriais que podem melhorar o fluxo sanguíneo, o desbridamento, que é a remoção de tecidos mortos ou amputações, quando necessário, fazem parte dos protocolos de cuidados adotados pelo time.

Autocuidado

A coordenadora do serviço de Endocrinologia do HMT e membro da equipe, Dra. Maria Aparecida Cosso, alerta também para a importância do autoexame dos pés, “a partir do primeiro diagnóstico da doença é necessário que o paciente fique atento a qualquer alteração nas partes do corpo, principalmente nos pés. Um simples roçar das calças na pele pode provocar pequenas feridas que tendem a virar úlceras. Além disso, deve-se sempre observar o aparecimento de fissuras, frieiras nos dedos, mudanças na coloração da pele e até na forma de pisar”, finaliza.

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