Caio Tavares, coordenador do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Dona Helena
Infecções no campo da assistência à saúde são consideradas um problema de saúde pública mundial, relacionadas à hospitalização ou ao encaminhamento de pacientes a procedimentos clínicos, ocasionando aumento da permanência hospitalar e da das taxas de mortalidade e da utilização de substâncias que possam reduzir a presença de bactérias e fungos
O Laboratório de Análises Clínicas (LAC), em especial a equipe do setor de microbiologia, e o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Dona Helena atuam em constante parceria, por meio de medidas efetivas de controle de disseminação de bactérias multirresistentes e consequente redução de permanência de internação em unidades de isolamento e custos hospitalares, tanto para a instituição quanto aos usuários dos serviços de saúde.
Os hospitais que recebem pacientes transferidos de outras unidades de saúde devem adotar uma rotina que permita, já no ingresso do paciente, evitar ou controlar a propagação de micro-organimos multirresistentes entre os internados.
Os avanços tecnológicos na área de biologia molecular permitiram o emprego de métodos de diagnóstico laboratorial altamente sensíveis, confiáveis e rápidos. O Laboratório Dona Helena conta com uma nova tecnologia de PCR (reação em cadeia da polimerase), que realiza a extração e amplificação de ácidos nucleicos em tempo real, de forma automatizada, com intuito de detectar diferentes genes de resistência.
A implementação da nova rotina pelo SCIH permitiu a criação de uma barreira de transmissão no momento da internação de pacientes com maiores riscos de colonização por bactérias multirresistentes. A coleta de amostras é realizada por meio de Swabs dos principais sítios investigados. A liberação do resultado é rápida e permite que seja realizado em apenas 3 horas, o que antes uma cultura tradicional demoraria até cinco dias para o resultado final.
Isso permite uma maior comodidade tanto ao paciente, que em poucas horas saberá o resultado, quanto para o hospital, pois resultados negativos não acarretam em isolamento descabido, diminuindo assim os custos e tempo da internação, criando uma rotatividade maior em relação a gestão de leitos.