No segundo dia de eventos focados na qualidade do atendimento assistencial, experiência do paciente e segurança, o 3º Fórum Latino Americano de Qualidade e Segurança do Paciente, que começou dia 28 em São Paulo, a pauta foi totalmente tomada pelo lançamento da campanha nacional, em que os seis Hospitais de Excelência (Einstein, Osvaldo Cruz, BP, HCor, Moinhos de Vento e Sírio-Libanês), que realizam projetos para o PROADISUS, realizarão em conjunto com o Ministério da Saúde em favor da segurança do paciente.
Trata-se de um projeto colaborativo dentro do Programa Nacional de Segurança do Paciente, com três pacotes de intervenções prevendo salvar 122 mil vidas em 18 meses.
Os seis hospitais serão responsáveis por sessões de aprendizagem, coaching para ciência da melhoria e feedback de dados. Foi lançado um compromisso até 2020 de reduzir em 50% as infecções relacionadas à assistência à saúde em 120 UTIs.
As intervenções atuarão em concomitância com as bases do Programa Nacional que são a higienização das mãos, identificação correta do paciente, segurança medicamentosa, cirurgia segura, quedas e lesão por pressão. As intervenções focarão os protocolos e correta condução para: infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central; pneumonia associada a ventilação mecânica e infecção urinária associada a cateter vesical.
Em sua fala de abertura do dia, Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein lembrou que 15% dos custos da saúde são devidos a eventos adversos e homenageou o Dr. Walter Mendes, da Fiocruz, primeiro pesquisador a publicar, em 2009, um trabalho sobre eventos adversos e segurança no Brasil.
O Ministro Ricardo Barros ressaltou que hoje, “qualquer hospital filantrópico ou santa casa pode pedir consultoria para um dos Hospitais de Excelência, como forma de melhorarem sua gestão”.
Na continuidade da trilha “Fluxo do Paciente”, foram abordados aspectos como melhorias de qualidade com redução de custos. A experiência do Einstein foi apresentada por Tatiane Canero, gerente de internação e fluxo de paciente da Instituição, que destacou a adesão ao processo de alta médica até às 9 horas da manhã e como isso contribui para a otimização da utilização dos leitos hospitalares.
Nesta terça também foi aberto o lounge do Programa Parto Adequado, onde foi discutida a importância que se tem a representatividade com um objetivo comum de toda a liderança dos hospitais ao abraçar o Parto Adequado. Nos últimos anos de programa foi percebido um aumento de 5% para 20% em relação ao apoio ao parto vaginal. Rita Sanchez, líder clínica do Programa e médica do Einstein, diz que: “O parto adequado é um bebê no colo da mãe mamando e não na UTI pediátrica, desnecessariamente”. O objetivo é a disseminação do programa em todo o país para que a essência do parto adequado seja efetivamente uma realidade.
Já na trilha “experiência do paciente” foi lembrado de que o protagonista é o próprio paciente e que ele está no centro do cuidado. Ou seja, o engajamento como experiência precisa alcançar todos os níveis, como: família, comitês, equipes e hospitais para propor uma experiência que seja fruto de um ciclo, no qual os pacientes sejam envolvidos desde o desenho das equipes para o seu próprio cuidado.
Fotos do segundo dia: clique aqui