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Rede Mater Dei de Saúde promove 2º Simpósio de Sepse

No dia 16 de setembro de 2017 (Sábado), a Rede Mater Dei de Saúde, em parceria com o Instituto Latino Americano da Sepse – ILAS, realiza, no Centro de Convenções Drª. Norma Salvador, no Mater Dei Contorno, o 2º Simpósio de Sepse. O evento, que acontecerá das 8h às 13h, discutirá o reconhecimento, diagnóstico e manejo precoce da doença.

O evento aproveita o Dia Mundial da Sepse, comemorado em 13 de setembro, para promover a conscientização da comunidade e dos profissionais da área da saúde sobre a Sepse. O Simpósio visa contribuir para a troca de conhecimentos científicos a fim de estabelecer e discutir medidas que reduzem a mortalidade em decorrência de Sepse. São esperadas 400 pessoas entre profissionais da área da saúde como enfermeiros, médicos Intensivistas, emergencistas e gestores de saúde.

O Brasil tem, hoje, uma das maiores taxas de letalidade por Sepse no mundo, cerca de 65%, sendo a média mundial de 30-40%. Estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas morrem anualmente. “Reunir o presidente do Instituto Latino Americano da Sepse e os gestores de grandes hospitais do país para discutir o tema nos ajuda a entender de forma ampla as fragilidades do processo de cuidado de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce e, concomitantemente, permite o compartilhamento de melhorias favorecendo o alcance de resultados positivos mais rapidamente”, explica a Diretora Técnica da Rede Mater Dei de Saúde, Daniela Pagliari.

Segundo dados do Instituto Latino Americano da Sepse – ILAS, a Sepse é responsável por 25% da ocupação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva- UTI no Brasil, sendo a principal causa de morte em UTIs e uma das principais causas de morte hospitalar tardia, superando infarto do miocárdio e câncer.

A Sepse trata-se de uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar a parada de funcionamento de um ou de mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente. “Não existe nenhum exame que nos dê o diagnóstico de Sepse, este é sempre feito quando somamos um conjunto de sinais, sintomas e de alterações de exames laboratoriais. Dessa forma, todos os profissionais de saúde devem estar informados e treinados para reconhecer sinais e sintomas de Sepse e de mal funcionamento de órgãos. O tratamento da Sepse, que inclui uso de antibiótico, hidratação e controle do foco de infecção é capaz de conter a progressão da doença que na maioria das vezes acaba levando o paciente a morte. Por isso, um evento como o Simpósio de Sepse é importante pois mobiliza e sensibiliza a comunidade hospitalar e extra-hospitalar como um todo”, explica a Diretora Técnica.

A Sepse na Rede Mater Dei de Saúde

O principal desafio das unidades de saúde é o diagnóstico precoce de Sepse. A Rede Mater Dei de Saúde acredita que a efetiva implementação de protocolos assistenciais gerenciados e o investimento em treinamentos para os profissionais de saúde são capazes de promover o reconhecimento e o diagnóstico precoce e, consequentemente, diminuir a letalidade por Sepse. Por isso, são realizadas, periodicamente, reuniões com os membros do corpo clínico da Rede, reuniões de repasse com as equipes de enfermagem e alinhamento da triagem nos prontos-socorros da Rede.

Devido ao enorme potencial de gravidade, a imediata identificação do risco de desenvolver é crucial para a sobrevida do paciente. A partir desse pensamento foi estruturado na Rede Mater Dei de Saúde um fluxo específico para conduzir os casos de Sepse, desde a chegada do paciente no pronto-socorro até a admissão nas UTIs e unidades de internação da Rede. No último ano houve a ampliação do Protocolo na Rede, abrangendo os pacientes pediátricos e a detecção da Sepse nas unidades de internação.

O paciente com suspeita de Sepse é identificado em todas as etapas do atendimento, garantindo a ele um fluxo prioritário para a realização de exames e recebimento do tratamento, de forma que as metas sejam cumpridas conforme o protocolo internacional. Como todo protocolo clínico gerenciado no Hospital, ele caracteriza-se pela sinergia interdisciplinar, intensa capacitação e mobilização dos profissionais e mensuração dos resultados para melhoria contínua do processo, sabendo que o tempo adequado de atendimento diminui sobremaneira a mortalidade.

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