Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Rede Mater Dei de Saúde investe em protocolos assistenciais gerenciados para reconhecimento imediato de sepse

O Dia Mundial da Sepse, 13.09, foi instituído pela Global Sepsis Alliance – GSA, uma organização sem fins lucrativos, para aumentar a percepção da sepse entre profissionais de saúde e o público leigo e, assim, priorizar a sepse como uma emergência médica a fim de que todos os pacientes possam receber intervenções básicas, incluindo antibióticos e fluidos intravenosos, dentro da primeira hora. De acordo com estudos da GSA, o tratamento precoce está associado à melhora na sobrevida mas a aderência a essas medidas ainda é muito baixa no Brasil e no mundo.

A Sepse é uma das principais causas de morte em hospitais no país, com letalidade em torno de 60%, uma das maiores do mundo. Pesquisas revelam que são mais de 400 mil casos e, aproximadamente, 220 mil pessoas morrem todos os anos por causa da doença. O principal desafio das unidades de saúde é o diagnóstico precoce de sepse. A Rede Mater Dei de Saúde acredita que a efetiva implementação de protocolos assistenciais gerenciados e o investimento em treinamentos para os profissionais de saúde são capazes de promover o reconhecimento e o diagnóstico precoce e, consequentemente, diminuir a letalidade por sepse. A agilidade é fundamental no tratamento da doença: a cada hora perdida a mortalidade aumenta.

Mas, o que é a Sepse?

É a manifestação, a resposta do organismo a uma doença infecciosa adquirida na comunidade ou dentro do hospital, que pode estar localizada no pulmão, na urina ou mesmo no intestino. A gerente médica da Rede Mater Dei de Saúde, Daniela Pagliari, explica que ao tentar combater essa infecção, pode haver um desarranjo entre resposta inflamatória e anti-inflamatória do organismo que gera um mal funcionamento dos órgãos e então acontece o que chamamos de sepse grave e choque séptico. “Comumente, as pessoas associam a sepse à infecção hospitalar. Por isso, é preciso esclarecer que tanto as infecções de urina, dor de garganta e pneumonias adquiridas em casa podem evoluir com sepse grave, assim como as infecções adquiridas no hospital. Um ponto importante é que a sepse grave e o choque séptico são reações desorganizadas e desequilibras do organismo em relação a uma infecção e que existe uma predisposição genética que favorece o desenvolvimento de sepse grave e choque séptico, que deve ser sempre levada em conta. Outra questão, diz respeito a predisposição que alguns pacientes têm para desenvolver sepse, que está relacionada com a diminuição das defesas do organismo, como acontece nos pacientes imunossuprimidos como diabéticos, renais crônicos, oncológicos e portadores de Síndrome da Imunodeficiência adquirida – Sida”, explica Daniela.

Sintomas iniciais de uma infecção grave:

Febre alta, aceleração no coração, respiração rápida/falta de ar, fraqueza, queda da pressão arterial/pressão baixa, redução da quantidade de urina, sonolência, alteração da consciência. Diante de suspeita de Sepse, procure imediatamente uma unidade de saúde.

Diagnóstico:

Não existe exame específico para diagnóstico da sepse. Ele é sempre feito somando um conjunto de sinais, sintomas e de alterações de exames laboratoriais. Por isso, todos os profissionais de saúde devem estar informados e treinados para reconhecer os sinais e os sintomas iniciais de sepse, como o mal funcionamento de órgãos. O rápido reconhecimento da doença e o tratamento adequado aumentam as chances de sobreviver. Os Prontos-socorros do Mater Dei Santo Agostinho e do Mater Dei Contorno contam com protocolos específicos de reconhecimento de sepse. “Com a iniciativa, as enfermeiras que estão diante de quadro de infecção estão treinadas para sinalizarem os casos de suspeita de sepse. A partir desta sinalização, os pacientes são encaminhados para o cuidado prioritário do médico. Após a avaliação inicial, imediatamente e confirmada a forte suspeita de sepse, passa-se à coleta de culturas do sangue, a introdução de antibióticos e a hidratação com uso de soro. Estas três medidas têm seus tempos monitorados, continuamente, no intuito de corrigir eventuais atrasos e, entendemos, que são medidas que param a sepse e quando implementadas e gerenciadas são capazes de salvar vidas”, esclarece a gerente médica.

Fonte: Rede Mater Dei

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