O Núcleo de Trauma do Hospital BP, um dos poucos hospitais privados da capital paulista habilitados para receber vítimas de traumas graves resgatados diretamente da rua pelo Corpo de Bombeiros, celebrará o Maio Amarelo, mês de conscientização para reduzir os acidentes de trânsito, com uma campanha informativa na redes sociais.
Com o mote Dê Uma Chance à Vida, a campanha disseminará informações dirigidas aos motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. “Queremos mostrar que reduzir acidentes é uma responsabilidade de todos que participam do trânsito, cada um do seu jeito, mas todos juntos”, ressalta Diogo Garcia, cirurgião geral e coordenador do Núcleo de Trauma do Hospital BP.
Dados do Infosiga, sistema de informações do Governo do Estado de São Paulo que monitora e divulga dados sobre os acidentes de trânsito, demonstram que o primeiro trimestre de 2018 apresentou uma redução de 7,1% no número de acidentes quando comparado ao mesmo período de 2017. Quase metade dos acidentes (48%) aconteceram nas vias urbanas dos municípios e as principais vítimas são jovens na faixa etária dos 18 aos 29 anos. “Apesar da queda no número total de mortes, ainda há muito o que fazer e a conscientização é o único caminho para reduzirmos esses indicadores”, analisa Diogo Garcia.
Mais da metade das vítimas morre nos hospitais
Um dado referente ao 1º trimestre de 2018 que chama atenção é o percentual de mortes de vítimas de acidentes de trânsito nos hospitais. Segundo o Infosiga, 56,2% dos óbitos aconteceram depois do resgate, após as vítimas chegarem aos hospitais.
O coordenador do Núcleo de Trauma do Hospital BP explica que muitas vítimas resgatadas ainda são levadas para hospitais com retaguarda de urgência e emergência defasada, com plantonistas que não estão capacitados para acidentes graves. “São situações muito diferentes da que temos aqui no Hospital BP, por exemplo. Aqui nossa equipe é multidisciplinar, conta com 17 especialistas, temos uma sala de emergência de primeira linha, recursos de diagnóstico por imagem e uma série de outras características que nos permite um tempo de resposta de 15 minutos. Infelizmente, essa não é a realidade de todos os hospitais”, finaliza.