Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Programa de controle de infecção da S.O.S. Vida traz resultados positivos

Manter o número de Infecções hospitalares controlado é uma preocupação nos serviços de saúde. Segundo a Organização mundial da Saúde (OMS), 7 a 10% dos pacientes internados são afetados por infecções – considerada uma das principais causa de complicações durante a permanência no hospital.

Para diversos quadros e tratamentos, como a administração de antibióticos venosos, a atenção domiciliar passa a ser uma opção mais adequada, por apresentar menor risco de infecção e também pela proximidade da família.Porém, os tratamentos de Home Care também precisam manter controles rígidos, estabelecendo protocolos, rotinas e procedimentos para manter as ocorrências no menor número possível.Coordenado por Monique Lírio, médica infectologista, o programa de controle de infecção da S.O.S. Vida tem alcançado excelentes resultados, diminuindo, ano a ano, índices de infecção nos domicílios.

Infecção domiciliar diz respeito aquela que ocorre em pacientes que não apresentavam os sintomas no momento em que foram admitidos no Home Care. A médica explica que quanto mais complexo o tratamento – como
nos casos de uso de dispositivos invasivos – maior o risco de infecções. “É importante o compromisso com a realização de todos os protocolos de cuidados para inserção e manutenção dos dispositivos invasivos, observando, por exemplo, qual o tipo de higiene que precisa ser feita e qual o prazo que eles precisam ser trocados.

Por isso o treinamento dos profissionais de saúde precisa ser constante. Além disso, se faz necessário orientações para cuidadores e familiares envolvidos no contato com o paciente no domicilio. A higienização correta das mãos, por exemplo, é um cuidado simples, mas ao mesmo tempo de grande importância para prevenir as
infecções”, destaca a médica.

Existe uma rotina e uma grade de treinamento, realizados presencialmente e também na plataforma de EAD (educação a distância) da S.O.S Vida, para todos os profissionais da assistência ao paciente. Os treinamentos são obrigatórios e frequentes, o que contribui para manter o índice de infecção decrescente.

O controle das taxas de infecções na Atenção Domiciliar é feito mensalmente através do monitoramento dos relatórios. A partir daí os indicadores são calculados e, posteriormente, compartilhados com a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) e operadoras, trazendo transparência para o processo.

Segundo a médica, a taxa zero global é uma meta impossível de alcançar, mas ressalta os bons indicadores nos últimos anos. “Temos conseguido bons resultados, como taxa zero para alguns tipos de infecções, como nos casos de pacientes com uso de cateter. E de modo geral, temos mantido o quadro abaixo dos indicadores internacionais”.

Manual de boas práticas

Dra. Monique informa que a S.O.S. Vida está desenvolvendo um Protocolo de Controle de Infecções para o Home Care, em um trabalho conjunto com a Anahp e outras empresas do segmento. A ideia é recomendar a adoção do protocolo nacionalmente.

A médica cita como exemplo um protocolo informando os cuidados na inserção e disposição dos dispositivos invasivos, prazos de troca e higienização, além do uso de medicamentos. “É fundamental que todas as empresas tenham protocolo de utilização racional de antimicrobianos e que tenham profissionais especializados em controle de infecção”. A médica atribui a diminuição das taxas na S.O.S. Vida à adoção dessas medidas.

Uso racional de antibióticos

Os antibióticos utilizados no tratamento das infecções também demandam protocolos rígidos de controles. “Possuímos uma política de uso racional de antibióticos, para que seja escolhido o medicamento certo para aquele sítio de infecção, na dose indicada e no tempo adequado. Essa prática tem como objetivo de diminuir a indução de resistência bacteriana e reduzir possíveis efeitos colaterais destes medicamentos”, finaliza a Dra
Monique.

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