Anahp 20 anos: construção, evolução e conquistas para a saúde brasileira

 

No dia 11 de maio de 2001, se encerrava o Brasil Top Hospital – 1º Fórum Nacional de Hospitais Privados, realizado em Brasília. O encontro contava com representantes de 23 hospitais que, ao longo de três dias, discutiram sobre a necessidade de maior coesão para enfrentar os impasses postos no mercado. Juntos, entenderam a necessidade de uma entidade representativa que defendesse e fortalecesse a posição de seus membros na cadeia da saúde e que promovesse melhores práticas. O fórum terminou com a assinatura da Carta de Brasília, que deu vida à Anahp e iniciou uma história de conquistas.

A Anahp agradece imensamente aos líderes que lá estavam e deram seu apoio para iniciar essa jornada, mas também a todos os nossos hospitais associados que ao longo dos anos têm nos depositado confiança e caminhado ao nosso lado para uma entrega de excelência em saúde.

Leia na sequência um artigo assinado pelo presidente do Conselho de Administração da Anahp, que abre oficialmente as comemorações de aniversário da associação:

 

Por Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Anahp

Anahp 20 anos: construção, evolução e conquistas para a saúde brasileira

Há 20 anos nascia a Anahp, fruto da necessidade de união setorial para trilhar o caminho da transformação da saúde no Brasil. Desde então, somos movidos por esse desafio. Também pudera, a nossa associação é nascida e criada em um cenário intenso de mudanças desenhado nas últimas duas décadas. Nossa história se cruza, desde o início, com o surgimento de órgãos importantes, como as agências reguladoras – ANS e Anvisa –, e a consolidação dos planos de saúde no mercado. Portanto, não por acaso, nos moldamos em um cenário de evolução e em meio a um movimento constante dos atores em busca de soluções para processos que nos envolvia.

Enquanto representantes de hospitais privados de excelência, desde o primeiro momento da Anahp pautamos nossas batalhas baseados na busca por melhorias assistenciais, boas práticas de gestão e melhores desfechos clínicos. Sem nunca desviar o olhar do objetivo central: levar saúde de qualidade para nossa população. Nesse sentido, ao longo desses anos fomos em busca de reforçar a nossa atuação junto ao sistema público a fim de fortalecer ações e encontrar caminhos mais sustentáveis. Isso porque, quando se trata de saúde, temos convicção de que estamos falando de unidade.

Bons exemplos que refletem esse movimento em direção à união e colaboração são os seguintes dados: atualmente, os hospitais privados já realizam cerca de 70% das cirurgias de alta complexidade e mais de 40% das internações do Sistema Único de Saúde. Além disso, no último ano realizamos um desejo antigo e abrimos as portas do Sistema de Indicadores Anahp (SINHA) para instituições não-associadas e púbicas, vislumbrando aprofundar cada vez mais nossa capacidade de análise do sistema como um todo e fazer com que nossa entrega seja ainda mais assertiva. Mas para seguir por esse caminho precisamos nos livrar de uma vez por todas do olhar que nos isola, e nos comprometermos por inteiro.

Acredito que um dos efeitos da expansão dos nossos horizontes é aumentar a nossa representatividade, que vem crescendo em ritmo acelerado ao longo dos anos. Em 2001, éramos 23 hospitais em busca de diálogo e afim de unir forças para resultados mais efetivos. Enquanto associação, crescemos e desenvolvemos à medida em que servimos de apoio e impulso para nossos associados. Hoje, representamos 118 das instituições privadas de maior prestígio do Brasil e, por isso, temos conseguido deixar nossa marca nas mais diversas faces da saúde, como em pautas econômicas, assistenciais, de gestão e políticas.

E isso tudo só é possível graças aos grandes líderes – conselheiros e presidentes – que passaram por aqui e deixaram conosco seu legado. Devemos muito a todos eles, que nos ensinaram, entre as tantas lições, a importância da cooperação. Nos tornamos a primeira entidade associativa a implementar um modelo de governança que vislumbrasse participação equilibrada dos associados nas tomadas de decisão. Desde 2008, trabalhamos com essa fórmula que se consagra por meio da atuação dos nossos Grupos de Trabalho (que desenvolvem os mais diversos temas do universo hospitalar), canal aberto e direto com dirigentes e lideranças, um trabalho intenso de advocacy – que articula em nome de nossos membros no meio político e que tem conquistado grandes batalhas, e também pelo primoroso trabalho de coleta de dados para análise e benchmark. Tudo feito com muita ética e sob a responsabilidade e plena consciência de quem representamos.

Ao longo desses anos, ficou claro também o valioso papel da Anahp enquanto interlocutora com outros players e com a sociedade. Nos aproximamos de entidades representativas, criamos parcerias comerciais fundamentais para viabilizar nossas ambições e promovemos cursos e eventos que ampliaram e potencializaram o compartilhamento de conhecimento.

Nesse sentido, tivemos como prioridade ao longo dos anos o aprimoramento do SINHA, que hoje, além de acolher dados fundamentais para lideranças e tomadores de decisão da saúde privada, está aberto ao mercado. Os dados que reunimos ali são valiosos e, todos anos, os reunimos em uma nova edição do nosso já consagrado Observatório. E o Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), hoje o maior da categoria na América Latina, também trilhou seu caminho nessa direção. Se em suas primeiras edições seu conteúdo servia apenas aos nossos associados, há seis anos o congresso abre os braços para qualquer pessoa interessada por assuntos do setor – a última edição, gratuita em caráter especial, atraiu cerca de 20 mil congressistas em ambiente online.

Todo nosso trabalho nesses 20 anos acabou potencializado em 2020, com a chegada da pandemia no Brasil. Sem toda experiência colecionada durante os anos anteriores e sem tantos laços já firmados no setor, não teríamos sido capazes de desempenhar um papel tão fundamental enquanto entidade representativa. Diante dos desafios monumentais que nos foram impostos pela Covid-19, e ao lado de nossos associados e parceiros, protagonizamos grandes negociações e interlocuções, abrindo canais de diálogo e intermediando processos com a classe política, com o mercado e órgãos como a Anvisa. Também encaramos essa crise como uma oportunidade de consagrarmos de vez a nossa relação com entidades representativas parceiras.

Nosso trabalho nessa pandemia está longe de acabar, mas mais distante ainda está o fim do nosso serviço em benefício de associados e pela saúde do Brasil. Nos tornamos grandes e não descansaremos! Vamos juntos ainda muito mais longe nessa luta que, antes de tudo, preza pela vida do cidadão brasileiro.

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