Manter uma vida saudável, com uma alimentação balanceada e a realização de exercícios físicos, é uma ótima iniciativa para a prevenção de problemas cardíacos. No entanto, mesmo com essas medidas, nem todas as ocorrências podem ser completamente evitadas. Infarto e derrame, por exemplo, são as causas de morte mais prevalentes na população gaúcha. Nesses casos, o componente chave para aumentar a chance de cura é a velocidade no atendimento. Para alcançar essa agilidade, não apenas as equipes assistenciais têm papel relevante, mas também a população, que deve reconhecer os sintomas e buscar auxílio médico de forma rápida.
Desde 2006, a sociedade americana de cardiologia estabeleceu como meta que um paciente infartado leve, no máximo, 90 minutos da porta do hospital até a mesa de cateterismo para desobstruir a artéria. As instituições da saúde se especializaram e conseguiram diminuir esse tempo para 60 minutos. No entanto, apesar da melhora desse processo, horas preciosas ainda são perdidas com a demora das pessoas para procurar ajuda, causando grande impacto nas chances de recuperação. “Nos dois casos, derrame e infarto, essa obstrução faz com que o tecido pare de receber sangue e, em poucas horas, ele começa a morrer. A obstrução é igual a um incêndio: se tu demorar a apagar, queima toda a região”, explica o chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Paulo Caramori.
A rapidez no atendimento é essencial nessas situações. Dessa forma, é importante conhecer e divulgar os principais sintomas dessas doenças. No caso do infarto, eles são o desconforto no peito, com pressão, aperto, peso ou dor que durem mais que alguns minutos ou que são intermitentes; desconforto nos braços, nas costas, no pescoço, na mandíbula ou na boca do estômago; falta de ar; náusea e suor frio. Para o derrame, fique atento à sinais como dormência ou alteração muscular no rosto; fraqueza ou paralisia nos braços ou nas pernas, em especial se atingir somente um lado do corpo; dificuldade para falar, enxergar ou caminhar; perda de equilíbrio ou coordenação; forte dor de cabeça sem causa aparente.
“Muitas pessoas têm o conceito errado que o ataque cardíaco aparece de maneira súbita e intensa. Contudo muitos deles vêm gradualmente e a dor pode ser somente leve. Por causa dessas noções pré-concebidas, quem está tendo os sintomas pode não reconhecer que isso é um ataque cardíaco e demorar muito ou não procurar ajuda. Com isso, é fundamental a realização de campanha de saúde alertando sobre os sintomas. Para que, uma vez que surja essa suspeita, a pessoa se direcione diretamente para a emergência”, salienta Caramori.
Todo o tempo de atraso na busca pelo auxílio médico pode ser determinante e aumentar a chance de dano ao coração. Ao chegar rápido até uma instituição capacitada a chance de desobstrução da artéria pode chegar a 95%, em caso de infarto. Por isso, é importante buscar um desses centros que possam oferecer a mais adequada assistência, com equipe especializada, protocolos de atendimento e laboratório de cateterismo atualizado e com funcionamento durante todo o dia. Com larga experiência na área, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) é um dos hospitais gaúchos reconhecido pela excelência para realizar esse tipo de tratamento.