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Hospital Sírio-Libanês está próximo de atingir a marca de mil casos de transplante de fígado pediátrico

O grupo de transplante de fígado pediátrico do Hospital Sírio-Libanês (HSL) está prestes a completar a marca de mil procedimentos, envolvendo doadores vivos ou com morte encefálica constatada. Até o momento, foram 986 casos, com taxa de sobrevida semelhante ou superior aos principais centros internacionais: 94% no curto prazo (um ano) e 83% no longo prazo (10 anos).

De todos os transplantes de fígado pediátricos feitos pela instituição, 95% foram realizados em pacientes do Sistema único de Saúde (SUS). O hospital responde por 50% de todos os procedimentos desse tipo feitos no Brasil, envolvendo pacientes com idade inferior a dois anos. Isso é possível porque o Ministério da Saúde mantém com o Hospital Sírio-Libanês, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), o projeto “Escola de Transplantes”.

Além dos procedimentos realizados dentro da própria instituição, a iniciativa já também permitiu promover, até o momento, 534 capacitações em doação de órgãos e tecidos, nos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe. Outras 35 capacitações em transplante de fígado pediátrico foram feitas no Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Santa Catarina.

“Esses resultados, fruto de programas do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, são muito significativos para pacientes, médicos e sociedade. Eles mostram que temos, no Brasil, profissionais e centros capacitados para a realização de um procedimento complexo como este. Com isso, nosso desejo é conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos, para que os números de procedimentos sejam ampliados”, destaca o Dr. Paulo Chapchap, CEO e coordenador da equipe de transplante de fígado do Hospital Sírio-Libanês.

Entre as causas para a indicação de transplantes está a atresia das vias biliares, que responde por cerca de 60% dos casos. Trata-se de uma obstrução progressiva, idiopática (sem causa definida), da árvore biliar (ductos biliares do fígado), que tem início no período neonatal e é a indicação mais comum de transplante hepático em crianças.

“Recebemos pacientes de todas as partes do País e atuamos também na formação de profissionais que voltam para suas cidades e podem realizar o procedimento ou identificar os pacientes com necessidade do transplante”, ressalta o Dr. João Seda Neto, cirurgião pediátrico do Hospital Sírio-Libanês.

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