O Hospital São Rafael (HSR), na Bahia, recebeu certificado de qualidade do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), por dispor de protocolos de prevenção e identificação do Tromboembolismo Venoso (TEV), doença popularmente conhecido como trombose. A unidade de saúde é, hoje, a terceira no país a receber a certificação e a única no Norte e Nordeste. O reconhecimento é um ganho para a Bahia, já que a estimava é de que menos de 40% dos pacientes com o problema são corretamente identificados nos hospitais brasileiros, conforme esclarece o gestor médico do HSR, Luiz Soares.
Representantes do IQG visitaram a instituição, no final do mês de junho, e avaliaram os protocolos aplicados pelos profissionais. A equipe concluiu que o São Rafael segue todas as medidas internacionais para a prevenção da doença, com um fluxo rigoroso, dentro dos melhores protocolos de segurança, desde a chegada do paciente até a sua alta. O protocolo de prevenção do TEV, na instituição, envolve todos os profissionais da assistência, que ficam em alerta e classificam os pacientes por escala de risco, nas primeiras 24h do internamento, quando são estabelecidas as barreiras para evitar a doença.
Os enfermeiros e fisioterapeutas também estimulam a deambulação precoce dos pacientes, com a prática de caminhadas e passeios. “Isso combate o mito de situações nas quais os pacientes acham que devem permanecer deitados o tempo todo, como após algumas cirurgias”, esclarece o especialista. A prevenção, de acordo com ele, pode ainda envolver o uso de meias especiais, medicamentos injetáveis ou orais, a depender do caso.
Entenda a Doença
O Tromboembolismo Venoso é o termo usado para definir duas doenças: a trombose venosa profunda (TVP), ou seja, a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias localizadas mais frequentemente na parte inferior do corpo, geralmente nas pernas; e a forma mais grave da TEV, oTromboembolismo Pulmonar (TEP), quando um coágulo se desloca das pernas e vai para o pulmão, causando dor, falta de ar e até a morte. A embolia pulmonar é, por sinal, a causa de um em cada dez óbitos hospitalares, conforme aponta Luiz Soares.
Fonte: Hospital São Rafael – 06.08.2015
