Em períodos festivos, há uma redução de 65% nas doações de sangue e plaquetas na unidade de saúde
Na semana que inicia o Carnaval, o Hospital São Rafael (HSR) realiza uma campanha de incentivo à doação voluntária de sangue e plaquetas. A ideia é aumentar o estoque do banco de sangue, na unidade, para suprir a demanda que tende a ser maior em períodos de festas. As doações podem ser feitas de segunda à sexta, das 8h às 17h, e no sábado, das 8h às 12h, na própria unidade de saúde.
Em períodos normais do ano, o HSR recebe, em média, 28 doações de sangue por dia. Já nos feriados prolongados e eventos festivos, como é o caso do Carnaval, há uma redução de 65%, que pode comprometer a assistência aos pacientes e, até mesmo, provocar a suspensão de cirurgias.
Segundo a supervisora do Banco de Sangue do HSR, Kátia Venas, o grande problema da doação de sangue ainda está associado à falta de informação. “As pessoas desconhecem o procedimento e não se dão conta de que um simples gesto, que leva alguns minutos, pode ajudar a salvar vidas”, afirmou.
Todo o processo de doação de sangue não leva nem uma hora e a coleta, especificamente, ocorre em menos de 15 minutos. Para doar, o voluntário deve ter entre 16 e 69 anos, estar acima de 50 kg e bem alimentado, evitando apenas alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e bebidas alcoólicas, por 12 horas. De acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde, homens podem fazer até quatro doações por ano, a cada 60 dias, enquanto as mulheres devem esperar 90 dias entre as doações.
No caso das plaquetas, as doações podem ser feiras até 12 vezes por ano, respeitando o intervalo de 72 horas, entre uma coleta e outra. O material atende aos pacientes em programação cirúrgica e em tratamento de quimioterapia e radioterapia, internados no HSR e no Hospital 2 de Julho.
Panorama Nacional
Em todo o país, são coletadas 3,5 milhões de bolsas de sangue por ano. Número considerado insuficiente, segundo informações do Ministério da Saúde, já que o ideal seria de pelo menos 5,7 milhões. O crescimento da população faz com que a procura de sangue e plaquetas continue superando a quantidade de doações nos hemocentros do Brasil.
Fonte: Hospital São Rafael – 11.02.2015
