O fechamento de Apêndice Atrial Esquerdo com Ultrassom Intracardíaco permite visualização mais nítida e posicionamento mais preciso da prótese no coração
A ablação de fibrilação atrial realizada no último dia 13, no Hospital Santa Rita, em um paciente do sexo masculino, de 79 anos, seria mais um procedimento de rotina, não fosse o uso, pela primeira vez no Brasil, de uma sonda de ultrassom, introduzida pela veia, e posicionada dentro do coração.
O procedimento – a ablação de fibrilação atrial associada à oclusão de apêndice atrial esquerdo – permite à equipe médica uma visualização mais nítida do apêndice, facilitando o posicionamento da prótese.
Segundo o eletrofisiologista da equipe de Arritmias Cardíacas do Hospital Santa Rita, Dr. Fabrício Vassalo, não se tem notícia de procedimento igual realizado em outro hospital brasileiro. Além de melhorar a visualização do apêndice e de permitir um posicionamento mais preciso da prótese, “a grande vantagem é que com esta abordagem não precisamos de entubar os pacientes e eles devem ter alta entre 6 horas a 12 horas após o procedimento” – o paciente de ontem (13) já teve alta.
O eletrofisiologista explica que habitualmente a ablação de fibrilação atrial é guiada pelo ecocardiograma (ultrassom) transesofágico, que consiste em uma sonda parecida com a da endoscopia, posicionada de tal forma que leve à colocação da prótese que fecha o apêndice, “uma espécie de saquinho”. No procedimento de ontem (13), “usamos uma sonda de ultrassom pela veia, que se posiciona dentro do coração (ecocardiograma intracardíaco), para visualizar de maneira mais nítida o apêndice”.
Casos de arritmia, chamadas fibrilação atrial, podem causar coágulos e derrames cerebrais (AVC).
Fonte: Hospital Santa Rita