Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Hospital Pilar consolida Comissão de Cuidados Paliativos

Depois de um ano, a Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Pilar se mostra totalmente consolidada. Neste período, foram realizados mais de 400 atendimentos a pacientes com doenças fora de possibilidade de tratamento curativo.

Quando o assunto é cuidado paliativo, a visão é inovadora. A qualidade predomina sobre o tempo de vida e a participação do paciente e da família nas decisões do tratamento supera o modelo em que o médico é o principal indivíduo a decidir o plano terapêutico.

O papel do médico paliativista é se colocar ao lado do paciente na gerência dos cuidados em busca do controle de sintomas. Com isso, é possível melhorar a qualidade de vida do doente, além de criar um vínculo de cooperação entre ele, família e equipe de saúde, envolvendo também enfermagem, psicologia, nutrição, fisioterapia e serviço social para que o indivíduo possa ser atendido e entendido melhor.

No princípio do tratamento, as medidas de cura ou modificadoras da doença têm predomínio frente às medidas paliativas. Contudo, é necessário que elas sejam redimensionadas periodicamente ou sempre que houver mudanças do quadro clínico, pois, com o passar do tempo, os cuidados paliativos podem prevalecer e até mesmo se tornar o principal tratamento. “Isso não representa a ausência de tratamento, mas sim a continuidade do cuidado, mesmo quando as ações curativas não mostram mais resultado”, explica Luiz Sergio A. Batista II, médico responsável pela Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Pilar.

O Pilar iniciou a filosofia paliativista com a criação de uma equipe consultora multidisciplinar que atende os pacientes em conjunto com as equipes assistentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o cuidado paliativo requer avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual do paciente e da família.

A enfermeira Francisley Leal Felix, integrante da equipe de cuidados paliativos do Pilar, afirma que esta necessidade se mostra no dia a dia. “O paciente não é só um corpo e precisa ser atendido em sua complexidade”, afirma ela.

Além do tratamento em si, a comissão solicita e conduz reuniões familiares, identifica as relações afetivas, as necessidades e valores do paciente, e traz esses aspectos para o centro das decisões. “Assim, percebemos um incremento mais significativo na qualidade de vida destas pessoas”, relata a assistente social Gisele Cruzzolini.

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