O Hospital Monte Sinai inaugurou, oficialmente, esta semana, seu Serviço de Transplante Hepático. Com programação científica de alto nível, reuniu o corpo clínico e convidados que assistiram palestras conduzidas pela experiente equipe que dará apoio ao início dos procedimentos no Monte Sinai, hoje, atuando no centro de transplantes do Hospital Quinta D’Or e Hospital da Criança do Rio de Janeiro. O cirurgião Lucas Demétrio falou sobre Indicações do Transplante Hepático. A intensivista Elizabeth Balbi, sobre Abordagem da UTI no pós-transplante e o também cirurgião Lúcio Pacheco emocionou a plateia com sua explanação sobre História e Perspectivas do Transplante Hepático. O coordenador da Central de Captação de Órgãos do MG Transplantes/Zona da Mata, Joseph Frederic Whitacker deu o tom da importância do Serviço inaugurado pelo Monte Sinai e falou sobre a situação da Central de Transplantes regional. O evento ainda contou com a apresentação do Secretário de Atenção à Saúde do MS, Francisco de Assis Figueiredo, que falou sobre Transplante pelo Ministério da Saúde.
O Transplante de Fígado na região
Com o novo Serviço de Transplante do Monte Sinai, a região passa a ter maior prioridade na fila que atenderá 93 cidades e uma população estimada em mais de 2 milhões de pessoas. A equipe do Hospital vai trabalhar em parceria com o Centro de Referência de Doenças do Fígado, do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, que atende anualmente mais de três mil pessoas. A importância do novo serviço para estas pessoas é enorme, pois, antes precisavam ser encaminhadas para o Rio de Janeiro, São Paulo ou Belo Horizonte, muitos sem condições de saúde ou financeiro-familiares para suportar o deslocamento.
Hoje, cerca de 60 hospitais no país (menos de 1% de todos os hospitais brasileiros) são credenciados pelo Ministério da Saúde para realização do procedimento, sendo, o Monte Sinai, o sexto no estado de Minas Gerais capacitado. O credenciamento exige alto nível de qualificação da equipe cirúrgica, estrutura física arrojada e moderna além de equipe multidisciplinar com diversos profissionais de comprovada competência.
O credenciamento foi feito em 2016, ocasião em que foi criado o Grupo de Fígado do Monte Sinai que, a partir de então, passou a reunir cirurgiões do aparelho digestivo, hepatologistas, hematologistas, anestesiologistas, enfermeiros e especialistas em endoscopia digestiva, patologia clínica e radiologia intervencionista entre outros profissionais para estabelecer um fluxo ideal para o procedimento, desde o momento da captação, seleção dos candidatos, realização do transplante, até os cuidados pós-transplante.
Equipe multiespecialidade capacitada
A cirurgia é de grande porte, por isso a importância da experiência da equipe e da estrutura do hospital é de suma importância para a obtenção de bons resultados. A equipe do Monte Sinai é composta pelos cirurgiões Cleber Soares, Carlos Augusto Gomes e Rodrigo Peixoto – todos com formação na área no Brasil e no exterior -, além de Igor e Victor Cangussu, também especialistas em cirurgia do aparelho digestivo. O credenciamento ainda nomeou anestesiologistas com formação específica da equipe do Hospital, Mariana Moraes Pereira das Neves e José Mariano Soares de Moraes. Nos primeiros transplantes, a equipe contará com “proctors” do Rio de Janeiro, sob coordenação do experiente cirurgião Lucas Demétrio. Do grupo de especialistas que formam o Centro de Transplante de Fígado do Monte Sinai ainda fazem parte os hepatologistas, Aécio Meirelles, Fábio Pace, Juliano Machado de Oliveira e Tarsila Campanha da Rocha Ribeiro. Eles contam com o apoio da equipe de patologistas coordenada por Emílio Augusto Campos Pereira de Assis, do hematologista Angelo Atalla e do radiologista intervencionista Rafael Gustavo Gomide Alcântara, além dos endoscopistas Lincoln Ferreira e Laura Cotta Ornelas. Além disso, uma equipe de enfermagem e outros profissionais compõem a equipe e desempenham papel importante tanto no pré quanto no pós-transplante.
Estrutura de alto padrão é uma exigência do Ministério do Trabalho
Salas de consulta no oitavo andar da torre Oeste do Centro Médico Monte Sinai estão prontas para receber os pacientes para avaliação pré-transplante e para o seguimento no pós-transplante. O Centro Cirúrgico do Monte Sinai sempre esteve apto ao procedimento, mas este ano ainda ganha mais cinco salas, chamadas inteligentes – com equipamentos preparados para receber comandos por voz, disponibilidade de laudos, imagens e possibilidade de pareceres por vídeo em tempo real – ampliando a capacidade da estrutura para 13 salas, assim que todas forem completamente reformadas.
A unidade de terapia intensiva do Hospital está entre as mais modernas do país, estando apta a receber estes pacientes imediatamente após a realização do transplante hepático. Após estabilização do paciente na UTI, o mesmo será transferido para o Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO) , que tem posto de enfermagem independente, apartamentos isolados com filtro Hepa e estrutura de unidade semi-intensiva.