Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Hospital do Coração alerta para a prevenção do câncer de próstata

O câncer de próstata está intimamente relacionado com a idade do paciente. Mais de 60% dos doentes são diagnosticados com a doença aos 65 anos ou mais

O mês de novembro é dedicado para conscientização do câncer de próstata e sua incidência é muito maior que a do câncer de mama, porém, o assunto muitas vezes não é tratado com a devida atenção pelo homem. A expectativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) é que, somente em 2014, tenham surgido 68.8 novos casos da doença no Brasil. Esse tipo de câncer é o que mais ocorre em homens em todas as regiões do país, depois do câncer de pele.

O câncer de próstata está intimamente relacionado com a idade do paciente. Mais de 60% dos doentes são diagnosticados com a doença aos 65 anos ou mais. Com esses dados, é possível perceber que o aumento da expectativa de vida em todo o mundo está bastante relacionado com os aumentos nos números de ocorrência da doença. Além da idade, outros fatores tem relação com o surgimento do câncer de próstata.

Segundo o urologista do HCor, Antonio Corrêa Lopes, primeiramente devemos destacar os pacientes que apresentam maior risco de desenvolver o câncer de próstata, que são aqueles que apresentam antecedentes familiares da doença, homens negros e obesos.

“Aliados a esses fatores, não podemos deixar de mencionar os hábitos alimentares pouco saudáveis. Uma alimentação rica em gordura animal, carnes e embutidos pode causar sérios problemas de saúde e predispor o desenvolvimento de câncer de próstata. Sendo assim, controlar a alimentação, preocupando-se sempre em inserir vegetais na dieta, pode ajudar na proteção contra este tipo de câncer”, explica Dr. Antonio.

O câncer de próstata é sempre tratado com muito preconceito pelos homens, principalmente em razão da realização do exame clínico (toque retal). Por isso, muitos preferem não procurar o urologista, fazendo com que o diagnóstico seja realizado tardiamente.

O diagnóstico é realizado pela análise dos resultados do exame clínico (toque retal) e dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico) no sangue. Caso seja observada alguma alteração nestes parâmetros, geralmente uma biópsia deve ser realizada.

A recomendação da realização desses exames depende da avaliação do médico. Normalmente é recomendado que estes exames sejam feitos à partir dos 45/50 anos de idade. “Em pacientes que apresentam histórico familiar desse tipo de câncer, a recomendação é que os exames sejam feitos a partir dos 40 anos”, esclarece o urologista do HCor.

A importância do diagnóstico precoce:

Segundo o oncologista do HCor Onco, Dr. Gilberto Lopes, o câncer de próstata no Brasil tem sido diagnosticado cada vez mais cedo em sua evolução, o que aumenta a chance de cura. O diagnóstico precoce é mais comum em países desenvolvidos e, no Brasil, quase um terço dos pacientes tem sua doença diagnosticada em fase avançada, já com metástases ósseas.

“Considerada uma doença da terceira idade, devido ao fato de três quartos dos casos ocorrerem em homens acima dos 60 anos, o câncer de próstata pode demorar a se manifestar, o que exige atenção constante para que não seja descoberto em estágio avançado e potencialmente fatal”, afirma Dr. Gilberto Lopes.

A partir dos 50 anos a incidência aumenta com a idade e aproximadamente 75% dos casos no mundo são diagnosticados em homens acima do 65 anos.  A procura pelo urologista para o exame de toque e de sangue são os únicos meios de evitar o diagnóstico tardio da doença, especialmente em pacientes sintomáticos e com históricos familiares. Ainda que o rastreamento de rotina com o uso de PSA seja controverso, a detecção precoce da doença é a melhor forma de se alcançar a cura.

“O público masculino precisa aprender a procurar o urologista rotineiramente, a exemplo do que fazem as mulheres com o ginecologista. Os homens deveriam ter o hábito de fazer consultas preventivas a partir dos 45 anos, já que a estatísticas mostram que um a cada seis homens, um terá câncer de próstata”, aconselha Dr. Antonio Corrêa Lopes.

HCor Onco:

O HCor Onco conta com uma clínica especializada em radioterapia e radiocirurgia, localizada na Rua Tomás Carvalhal 172, no Paraíso, a duas quadras do complexo hospitalar. O espaço é equipado com acelerador linear de alta precisão, capaz de realizar procedimentos radioterápicos com o mínimo de dano aos tecidos saudáveis.

O acelerador é importado, de origem sueca, e pode ser usado contra diversos tipos de câncer e doenças benignas. Sua precisão é milimétrica, o que torna o tratamento menos desgastante. Dentro do próprio aparelho, uma tomografia chamada Cone Beam CT permite monitorar o paciente.

Existem ainda outros recursos modernos, que viabilizam técnicas de intensidade modulada do feixe (IMRT) e terapia rotacional (VMAT). Assim, é possível realizar qualquer tipo de tratamento, incluindo os mais modernos como radiocirurgia de lesões muito pequenas e radiocirurgia extra corpórea (SBRT) de coluna e pulmão, por exemplo.

Além da clínica especializada, os pacientes do HCor Onco também contam com a infraestrutura do HCor, incluindo o edifício Dr. Adib Jatene, inaugurado neste ano, com espaços cirúrgicos e um andar inteiro dedicado à oncologia no 12º andar, equipado com 10 boxes para tratamento com medicamentos quimioterápicos, além de dois consultórios.

A infraestrutura do HCor Onco também compartilha uma unidade de internação para pacientes oncológicos e os serviços diagnósticos do hospital, incluindo endoscopias, tomografia computadorizada, PET scan entre outros. Os serviços oferecidos buscam contemplar todas as necessidades que um paciente possa ter.

A equipe de oncologia atua segundo o conceito de clínicas integradas, no qual o paciente é atendido por uma equipe de médicos especializados, em geral, o cirurgião, o radioterapeuta e o oncologista clínico, todos reunidos na mesma consulta. De acordo com o caso, radiologistas, pneumologistas e hepatologistas também podem participar do atendimento. A clínica integrada oferece agilidade e segurança aos pacientes e familiares.

Devido ao envelhecimento da população brasileira e também ao fato da doença atingir mais pessoas com idade avançada, o prédio conta com especialistas em oncogeriatria, para oferecer um atendimento personalizado e seguro. Há também uma equipe focada no combate à dor e cuidados paliativos, que contempla os preceitos básicos de um atendimento humanizado nas diferentes fases do tratamento.

O futuro da oncologia no HCor:

Em 2016, o projeto de expansão seguirá com a terceira inauguração: um prédio de 14 andares destinado à oncologia. O local abrigará um núcleo multidisciplinar de combate à dor crônica (já em funcionamento hoje no hospital), um centro de pesquisas contra o câncer e também oferecerá terapias complementares, como a acupuntura aos pacientes da oncologia. “Será um centro integrado de tratamento do câncer, sob o conceito comprehensive cancer center, que reúne a infraestrutura necessária para todas as fases do atendimento humano, individualizado e integrativo que oferecemos a nossos pacientes e suas famílias no combate à doença”, esclarece o Dr. Gilberto.

A proposta do HCor Onco é oferecer atendimento personalizado, com equipes multiprofissionais. Além do combate ao câncer, o núcleo irá desenvolver pesquisas e atuará na prevenção da doença, eliminando fatores de risco e oferecendo condições para o diagnóstico precoce. Essa estratégia de promoção da saúde está alinhada com a filosofia de atendimento das outras áreas do hospital e traz outros benefícios, como redução do risco de doenças cardiovasculares, diagnóstico precoce de diversas enfermidades e aumento da disposição e bem-estar do paciente.

Fonte: HCor – 27.11.2014

Compartilhe

Você também pode gostar: