O Imunocromatrografia de Fluxo Lateral investiga doenças do cólon e reto, além de ser mais rápido e confiável.
O laboratório do Hospital Anchieta começa a utilizar uma nova metodologia para o exame de sangue oculto nas fezes. O Imunocromatrografia de Fluxo Lateral é um teste mais rápido e confiável. Os pacientes não precisam mais realizar restrições de dieta para a execução exame e o resultado não é afetado pelo uso de paracetamol e ácido ascórbico.
“Ele detecta o sangue por meio de uma “reação” imune e por isso não há interferência de alimentos e medicamentos. Os testes convencionais (não-imunológicos) requerem dieta de três dias com restrições alimentares como beterraba e carne. Muitas vezes o paciente não cumpre estas orientações e os exames ficam comprometidos, podendo dar falso positivo. Na metodologia imunológica, os alimentos não interferem nos resultados” explica Jerusa Martins, doutora em Ciências Médicas e gestora do Laboratório do Hospital Anchieta.
O exame de sangue oculto analisa a presença de material que não pode ser visto a olho nu. Um resultado positivo para este exame indica que o paciente está sofrendo algum sangramento no intestino grosso, que pode ser consequência de uma inflamação, trauma ou câncer.
“Alguns parasitas podem causar lesões na mucosa intestinal, o que provoca sangramento e pode levar à anemia. Contudo, o mais grave é que a presença de sangue nas fezes pode acusar uma manifestação precoce de câncer do trato gastrointestinal. O câncer de colo ou reto é o 3º mais comum nos EUA e, segundo o INCA (2014), no Brasil a previsão de novos casos anuais é de 32.600, sendo 15.070 homens e 17.530 mulheres”, explica a especialista.
Vantagens do Método: não precisa de dieta, tem maior confiabilidade e garantia da qualidade do exame, maior agilidade e melhor custo x benefício para o hospital.
Quando fazer: geralmente quando existem queixas como mudança do hábito intestinal (constipação ou diarreia sem associação com o alimento ingerido), anemia, fraqueza, cólica abdominal, emagrecimento sem explicação, sangramento pelo reto e sensação de evacuação incompleta.
Fonte: Hospital Anchieta – 23.10.2015
