Na próxima quarta-feira (26/4), é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A doença é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias levando a um esforço maior para a circulação do sangue. O problema acomete um terço da população mundial e causa a morte de aproximadamente 300 mil brasileiros por ano.
Segundo o cardiologista do Hospital Anchieta, Evandro Osterne, em 95% dos casos não se consegue detectar uma causa orgânica dando-se ênfase atualmente a fatores hereditários ainda não bem esclarecidos e a fatores adquiridos como obesidade, consumo de sal, stress emocional e etilismo.
“As consequências da hipertensão arterial são as denominadas lesões nos ‘órgãos-alvo’ já bastante conhecidos como: coração, rins, cérebro, artérias e olhos. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o fator de risco mais importante para os Acidentes Vasculares Cerebrais que causam grande grau de incapacidade. O hipertenso é aquele que tem a pressão arterial sistêmica maior ou igual a 140 x 90 mmHg”, explica o médico.
Sintomas
A genética, o sedentarismo, a obesidade e a ingestão de produtos ricos em sódio estão correlacionados à doença. De acordo com o cardiologista, o grande problema da HAS é que durante um bom tempo ela é assintomática.
“Pensar em HAS apenas na presença dos sintomas habituais como cefaléia, tonturas, cansaço, palpitações, peso nas pernas, dor nos olhos é um grande erro. O indivíduo que não mede a pressão porque não sente nada pode ser um hipertenso sem saber. Da mesma forma um hipertenso sabido pode ter sua hipertensão fora de controle porque nada sente e não tem o cuidado de medir com frequência”, alerta Evandro Osterne.
Tratamento
Quem tem hipertensão arterial deve passar por uma mudança no estilo de vida. É importante reduzir o peso; diminuir o consumo de sal e gordura saturada; começar a praticar exercícios físicos; inserir mais frutas e vegetais na dieta; abandonar cigarro e evitar o consumo de álcool.
“O problema é que a maioria dos pacientes não aceita mudança nos hábitos de vida e acaba tendo que tomar medicamentos para controlar a pressão. Existem dezenas de drogas diferentes disponíveis no mercado para o controle dos níveis da pressão arterial. Ao contrário do que se apregoava até há pouco tempo, não importa muito a droga escolhida no tratamento da pressão alta, contanto que ela seja efetiva em reduzir os níveis pressóricos”, conclui o cardiologista Evandro Osterne.
Fonte: Hospital Anchieta