Durante o mês de novembro, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz irá aderir à campanha Novembro Azul, mês de conscientização sobre a prevenção ao câncer de próstata, doença que segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), terá mais de 61 mil novas ocorrências em todo o país em 2016. Conforme a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 20% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em estágio avançado e 25% dos pacientes morrem em decorrência da doença.
Diante deste cenário, o Hospital promoverá diversas ações de conscientização ressaltando a importância do diagnóstico precoce. Entre elas estão a iluminação de azul da fachada do complexo hospitalar, veiculação de notas informativas nos relógios de rua espalhados pela Av. Paulista, além da promoção da causa nas redes sociais durante todo o mês com dicas de prevenção e tratamento, sempre acompanhado pela hashtag #conhecerparavencer.
Já no Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata (17 de novembro), a Instituição realizará o Bigoday, ação de mobilização interna que contará com uma cabine fotográfica no Hospital, acompanhada por “bigodes”, símbolo do movimento de conscientização Movember, iniciado na Austrália nos anos 2000, (movember, palavra em inglês que consiste na junção de “moustache” – “bigode” e “november” – “novembro”), para realização de fotos que poderão ser postadas diretamente em suas redes sociais.
De acordo com o Dr. Ariel Galapo Kann, oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a identificação de pacientes com risco de desenvolverem câncer de próstata de forma mais agressiva pode ajudar a definir a indicação e frequência do tratamento.
A maioria dos casos é diagnosticada em homens acima dos 65 anos, sendo que menos de 1% dos tumores é verificado na população masculina que está abaixo dos 50 anos. Com relação à hereditariedade, aproximadamente 10% dos casos apresentam histórico familiar de câncer de próstata. Homens que tiveram pai ou irmão diagnosticados precocemente com a doença possuem duas a três vezes mais chance de desenvolvê-la. Esse risco aumenta aproximadamente 11 vezes mais se o diagnóstico do pai ou do irmão tiver ocorrido antes dos 50 anos.
A etnia também apresenta associação com o câncer de próstata, pois esse tipo de tumor é 1,6 vezes mais comum de ocorrer em homens negros quando comparados aos homens brancos. O excesso de peso e uma dieta com carne vermelha em demasia é um fator que também proporciona um aumento no risco de desenvolver o câncer de próstata.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do câncer de próstata é realizado por meio de diversos exames, como toque retal associado ao exame da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue. Nos casos suspeitos, é indicada a realização da biópsia prostática.
A importância do diagnóstico precoce tem relação direta com a eficácia da terapêutica e depende do tamanho e da classificação do tumor. De acordo com o Dr. Carlo Passerotti, um dos médicos com maior casuística em cirurgia robótica do País e coordenador do Centro de Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as cirurgias da próstata podem ser realizadas de diversas maneiras, entre elas, está a cirurgia robótica. O procedimento é realizado com o auxílio de um robô que possibilita ao cirurgião ter uma visão ampliada e em três dimensões. A incisão realizada no paciente também é menor quando comparada a cirurgia convencional, proporcionando posteriormente mais qualidade de vida para o paciente.
Segundo o Dr. Rodrigo Hanriot, coordenador do serviço de radioterapia do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, entre os tratamentos mais recentes está o hipofracionamento da próstata. Trata-se do emprego de uma moderna tecnologia de radioterapia – a de intensidade modulada ou IMRT – para redução do tempo total de tratamento irradiante. Com isso, o que antes era feito em 40 dias pode ser realizado em 28, com a mesma segurança ao paciente. Para tratar os casos avançados de câncer de próstata são utilizados hormonioterapia, quimioterapia, radiofarmacos de terapia alvo.
Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz