Tristeza, irritabilidade, sentimento de solidão e isolamento são alguns sinais de crises emocionais, podendo chegar ao nível, onde a pessoa já não é mais capaz de identificar soluções para o momento que está passando, gerando um comportamento suicida. No Brasil, o suicídio é a quarta maior causa de morte entre homens e mulheres de 15 a 29 anos. Nos últimos cinco anos, a incidência entre jovens de 12 a 25 anos teve um salto de quase 40%.
Durante palestra promovida aos colaboradores do Hospital Adventista de Manaus, a psicóloga, Ellen Pedreira, reforçou sobre como identificar os sintomas, os principais sinais de alertas e quais são as características no comportamento da pessoa. “Pois, em média 95% dos casos suicidas, apresentam algum tipo de transtorno mental, então se faz necessário um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico”, frisa.
Na ocasião, foi ressaltado como amigos e familiares podem ajudar, e algumas ações podem ser até mesmo preventivas, como por exemplo, ouvir a problemática da pessoa, demostrar empatia, não minimizar as queixas, conversar sobre o assunto sem julgar, respeitar os valores e opiniões, e auxiliar na identificação e busca por tratamento adequado para os transtornos mentais.
A instituição está no processo da acreditação em nível internacional, a Qmentum International Accreditation, e por isso possui uma série de padrões internacionais a serem seguidos. Um dos protocolos criados foi de prevenção ao suicídio, pois ele constitui-se como emergência médica, envolvendo risco de morte. Segundo a psicóloga, o principal objetivo do protocolo está em reforçar a valorização da vida. “Quando detectado que o paciente se encaixa no grupo de risco, ele passa a receber os cuidados necessários para o seu restabelecimento”, conclui.