Essa patologia, em casos extremos, pode chegar à obstrução de intestino e necrose.
Dr. Alberto Meyer, coordenador do Centro de Hérnia do Hospital Samaritano de São Paulo alerta para os sintomas e necessidade de consulta frequente com especialista
São Paulo, 17 de agosto de 2015 – Dados divulgados pelo IBGE revelam que 5.5 milhões de brasileiros sofrem de hérnia. Embora comum, essa patologia ainda é motivo de muita dúvida para a população em geral. Sem causa evidente para o problema, sabe-se que a hérnia acontece pela perda da elasticidade muscular. Fatores como constipação ou tosse crônicas, fibrose cística, próstata aumentada, obesidade, má alimentação, tabagismo, esforço excessivo e testículos que não desceram, podem desencadear a hérnia, mas não são decisivos. “Estamos falando de pacientes que, se não acompanhados da devida forma podem progredir para obstrução do intestino e até necrose”, alerta o coordenador do Centro de Hérnia do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Alberto Meyer.
As mais comuns, inguinal e umbilical que correspondem a 90% dos casos, já possuem recursos cirúrgicos modernos que facilitam o procedimento e a recuperação do paciente. “Para realizar a cirurgia da hérnia inguinal a laparoscopia é o método mais indicado. Minimamente invasiva, feita por microfuros na parede abdominal, o procedimento dura, em média, 40 minutos e o paciente recebe alta no mesmo dia”, destaca o especialista. Já a umbilical é realizada por um corte no umbigo e inserido a tela, assim como na inguinal, para reforço da musculatura. O procedimento dura em média 20 minutos e também no mesmo dia o paciente já está em casa.
Antes das técnicas minimamente invasivas, segundo o coordenador do Centro de Hérnia do Hospital Samaritano de São Paulo, era necessário repouso mínimo de quinze dias para voltar à rotina de trabalho e atividades em geral. “Hoje, com o auxílio da tecnologia, em três dias a pessoa já está apta à retomar as atividades”.
A hérnia pode permanecer anos sem alteração, mas a tendência é que aumente de tamanho progressivamente, causando desconforto. Em casos extremos o paciente pode sofrer o chamado encarceramento, quando o intestino passa por meio do orifício da hérnia e não volta mais para a região interna do abdome. Outro agravante, segundo o especialista, é o fluxo de sangue ser interrompido (estrangulamento) e levar à necrose, sendo o paciente submetido a uma cirurgia de emergência. “Nesses casos o repouso é fator primordial. O corpo precisa de tempo para cicatrizar a região operada”.
Para finalizar, o especialista alerta sobre os principais sintomas das hérnias tipo inguinal ou umbilical:
– Inchaço na área afetada, quando pequenas;
– dor no local;
– náuseas sem motivo aparente;
– vômitos e,
– presença de sangue nas fezes.
Por isso, a qualquer indicação ou sintoma inicial, é fundamental que o paciente procure por um especialista que indicará os exames a serem feitos.
Sobre o Hospital Samaritano:
Especializado em medicina de alta complexidade, o Hospital Samaritano de São Paulo está há 121 anos em atividade. Fundado em 25 de janeiro de 1894, nasceu como primeiro hospital privado da capital paulista e hoje é uma das poucas instituições de saúde que permanece em atividade, em duas passagens de séculos, com recursos próprios.
Especializado em Cardiologia, Gastroenterologia, Neurologia, Ortopedia, Oncologia, Trauma, Urologia e Ginecologia, o Hospital Samaritano de São Paulo oferece atendimento completo e integrado aos pacientes, com acompanhamento em todas as etapas do tratamento. Além disso, oferece Serviço de Emergência Especializada 24 horas em Ortopedia, Cardiologia, Neurologia e Trauma.
O Complexo Hospitalar do Hospital Samaritano conta com 19 andares, 313 leitos, além de Centro Cirúrgico com salas para realização de procedimentos de alta complexidade e Centros de Medicina Especializada em Pediatria e doenças da Tireoide. Desde 2004, é certificado pela Joint Comission International (JCI), um dos mais importantes órgãos certificadores de padrões de qualidade hospitalar no mundo.
Fonte: Hospital Samaritano – 18.08.2015