Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Hcor avança em pesquisas e estudos clínicos com investimentos de R$ 52 milhões

Instituição está selecionando participantes para estudo de câncer de mama

Uma das mais conceituadas instituições hospitalares do país, o Hcor criou em 2007 um Instituto de Pesquisa que, nos últimos anos, tem recebido investimentos crescentes para o desenvolvimento de pesquisas e estudos clínicos. Em 2024 o aporte foi de R$ 21 milhões e, para 2025, serão R$ 31 milhões, que custeiam, atualmente, 38 projetos. Para um desses, o hospital está selecionando pacientes com câncer de mama, de ambos os sexos, e maiores de 18 anos.    

Superintendente de Ensino e Pesquisa do Hcor, Alexandre Biasi explica que do total de iniciativas em andamento, 24 são pesquisas acadêmicas e 14 estudos do Centro de Pesquisa Clínica do hospital, em parceria com outras instituições e de empresas do setor farmacêutico. 

Parte do total de projetos em andamento são desenvolvidos no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), aliança entre sete hospitais de referência do país e o Ministério da Saúde. Mais de 10 mil pessoas participaram dos estudos coordenados pelo Instituto de Pesquisa do Hcor em 2024.

“Temos frentes nas áreas de cardiologia, medicina intensiva (pacientes graves), oncologia, nutrição, cirurgias intrauterinas, entre outros. Os objetivos contemplam questões como identificação de melhores tratamentos, avanços em métodos diagnósticos e de predição de potenciais problemas e fatores de risco para doenças”, detalha Biasi.  

Para participar do estudo SIX Trial, para tratamento de carcinoma de mama invasivo inicial, é necessário apresentar condições específicas como, por exemplo, que seja um tumor único de até 2 centímetros sem acometimento cutâneo ou axilar clínico, entre outras particularidades. Podem se inscrever mulheres e homens, com mais de 18 anos, que tenham recebido recomendação de realização de cirurgia como primeira opção de tratamento. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), pretende contar com a participação de 750 pacientes.  

O Professor Afonso Nazário, investigador principal do SIX, explica que a seleção de participantes se estende até o segundo semestre de 2027 e será conduzida de maneira colaborativa entre outros hospitais públicos e privados. “O objetivo da iniciativa é buscar alternativas ao tratamento cirúrgico tradicional, como a crioblação, um procedimento percutâneo minimamente invasivo, que consiste em ciclos de congelamento e descongelamento dos tecidos neoplásicos”, complementa o Professor Nazário.    

Desafios 

À frente do instituto desde 2018, Biasi acredita que o cenário para as pesquisas clínicas no país tem evoluído, com importantes movimentos como a Lei 14.874 de 2024, que estabeleceu um marco legal ao criar um Sistema Nacional de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, além de regulamentar princípios, diretrizes e regras para a realização dessas pesquisas por instituições públicas e privadas.

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 945 e a Instrução Normativa (IN) 338, ambas também de 2024, publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com manuais de orientações relacionados a medicamentos e ensaios clínicos reforçam esse panorama.    

“O Brasil já se destaca na produção científica e em colaborações internacionais. A expectativa é de que nosso país ocupe posição de destaque global, com potencial para atrair bilhões em investimentos anuais e ampliar o acesso da população a novas terapias. Mas, no momento atual, o financiamento ainda é um desafio para avançarmos”, aponta Biasi.

Fonte: Hcor

Compartilhe

Você também pode gostar: