Pesquisa faz parte do projeto Qualidade de Vida Pós-UTI, do Proadi-SUS, e avaliou mais de 200 pacientes
Um estudo científico do Hospital Moinhos de Vento foi premiado no XXVIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, em novembro deste ano. O evento ocorreu em Florianópolis, em Santa Catarina. O estudo “Prevalência e preditores de disfagia orofaríngea 3 meses pós-alta da UTI em pacientes que necessitam de ventilação mecânica invasiva: estudo de coorte prospectivo multicêntrico” recebeu o prêmio Roberto Mario Clausi de Melhor Trabalho de Ventilação Mecânica.
O estudo faz parte do projeto Qualidade de Vida Pós-UTI, conduzido pelo Moinhos de Vento em parceria com o Ministério da Saúde, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).
Conforme o chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, Regis Rosa, a pesquisa avaliou 205 sobreviventes de cuidados intensivos que necessitaram de ventilação mecânica invasiva. Nenhum desses pacientes apresentava dificuldade de deglutição previamente à admissão no hospital. Depois de três meses, a incidência de disfagia orofaríngea (dificuldade de deglutição) foi de 17%.
“É um prêmio conceituado e que representa um importante reconhecimento para a pesquisa, além de um amadurecimento da especialidade dos cuidados intensivos. Ao reconhecer um trabalho que aborda o pós-alta, não se está apenas preocupado com o paciente sair vivo da UTI, mas também com as formas de reabilitar esses pacientes, para que possam recuperar a plena qualidade de vida”, destaca Rosa.
Ainda de acordo com Rosa, idade avançada, severidade da doença crítica e baixa escolaridade se associaram ao risco aumentado de disfagia. Além disso, o estudo demonstrou que a disfagia orofaríngea se associou à pior qualidade de vida.
Fonte: Hospital Moinhos de Vento
