Cansaço, falta de ar e formigamento nas mãos. Sintomas poucos específicos e que podem esconder uma doença rara, progressiva e que, por ano, afeta cerca de 15 mil brasileiros: a amiloidose.
As novas abordagens e tratamentos para essa doença hematológica rara, crônica e degenerativa, serão discutidas no 1º Simpósio Brasileiro de Amiloidose, que será realizado no dia 20 de outubro, em São Paulo.
O evento reunirá os maiores especialistas do mundo sobre o tema, entre eles Morie Gertz, pesquisador da Mayo Clinic (EUA), Morton Scheinberg, reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Márcia Waddington Cruz, neurologista da Universidade Federal do Rio do Janeiro (UFRJ) e especialista em amiloidose familiar.
“A doença é resultante do desenvolvimento anormal de uma proteína. Entre os três tipos existentes o mais comum é o primário, que geralmente está associado ao mieloma múltiplo e afeta o funcionamento de órgãos como coração, rins, pulmões, pele, língua, nervos e intestino. Nesses casos, o transplante de medula óssea pode ter um excelente resultado”, explica Phillip Scheinberg, coordenador da Hematologia Clínica do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Já a amiloidose hereditária ou familiar, saliente o especialista, é mais rara e ocorre por causa de uma mutação genética. “Quando não há o diagnóstico e tratamento precoces, o risco de complicações e transmissão para os filhos é grande”, salienta Phillip Scheinberg.