Mortalidade cai 13% nos últimos 10 anos no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Nesta terça-feira (01/12), comemora-se o Dia Mundial de Combate à AIDS (sigla em inglês de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), instituído internacionalmente para que as pessoas unam forças e se conscientizem sobre a doença. Na última década, a mortalidade provocada pelo vírus caiu 13%, segundo informações do Ministério da Saúde, porém o índice de contaminação entre os jovens continua crescendo.
“Na década de 80, a doença pelo HIV (sigla em inglês de Vírus da Imunodeficiência Humana) era chamada (preconceituosamente) de ‘peste cor de rosa’, porque atingia muitos homossexuais homens. Logo após as políticas serem voltadas para este grupo, as pessoas começaram a se cuidar mais e nos anos seguintes os índices aumentaram entre homens e mulheres heterossexuais. Hoje os homossexuais (homens) voltaram a ser o principal grupo transmissor e o que está adquirindo o HIV, porém nas faixas etárias jovens. No DF, as estatísticas mostram que jovens entre 14 e 24 anos são os mais diagnosticados”, explica Manuel Palacios, infectologista do Hospital Anchieta.
A AIDS é a fase final da infecção pelo HIV. Ter o vírus não significa que a pessoa necessariamente tem a AIDS. Há soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus pelas relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas infectadas, de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, transfusão de sangue contaminado e instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.
“Antigamente, entre a contaminação e a fase final, estimava-se um tempo de 3 anos. Hoje em dia, há certa ‘adaptação’ do vírus ao corpo humano, e pode ser que este tempo tenha aumentado em um ou dois anos, pela ‘evolução natural’. O que acontece atualmente é que o vírus pode ser identificado mais cedo e, começando o tratamento, o paciente pode ter uma sobrevida mais longa e saudável. Tem pacientes há mais 25 anos com a doença que vivem bem. Entre as grávidas soropositivas, as chances de transmissão de mãe para filho são em todo de 15% a 30%, caso a paciente não tome o ‘coquetel’ (terapia antirretroviral) durante a gestação”, conta o infectologista.
Sintomas: “o HIV tem duas fases: a aguda, que acontece entre 4 a 8 semanas depois do contato inicial com o vírus e se parece bastante com uma gripe comum (com febre, dor de garganta, dor no corpo e outros sinais). Depois deste período, o infectado fica um bom tempo sem sentir nada, com a saúde recuperada. Os grandes sintomas clínicos do HIV aparecem um pouco antes da fase final. O sistema imunológico torna-se muito frágil e o paciente fica suscetível a contrair doenças oportunistas, em graus mais agressivos, como pneumonias, encefalites, tuberculose e até alguns tipos de cânceres”, descreve Palacios.
Diagnóstico: para descobrir a existência do vírus no organismo, basta fazer um dos testes existentes, em clínicas especializadas, para diagnosticar a doença, realizado a partir da coleta de sangue.
Tratamento: é feito acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização de exames. A pessoa só começa a tomar os medicamentos quando saem os resultados clínicos e de laboratório. Atualmente, o famoso cocktail é formado inicialmente por três antirretrovirais e o tratamento é iniciado independente do grau de imunidade que o paciente apresenta. Esses remédios buscam controlar o HIV pelo maior tempo possível, diminuindo a multiplicação do vírus no corpo e recuperando as defesas do organismo.
Para alertar e conscientizar as pessoas sobre os riscos da doença, o Hospital Anchieta realiza o Talk Show “Saúde em Dia com Mônica Nóbrega”, na terça-feira (1/12), das 14h às 15h, no Hall do Pronto-Socorro da Instituição. A comunidade poderá tirar dúvidas com o Dr. Manuel Palacios, infectologista da Instituição.
SERVIÇO
Talk Show “Saúde em Dia com Mônica Nóbrega”
Tema: Dia Mundial de Combate à Aids
Data e Hora: 01/12 – das 14h às 15h
Local: Hall do Pronto-Socorro do Hospital Anchieta
Acesso: Gratuito, basta dirigir-se ao local
Fonte: Hospital Anchieta – 01.12.2015