Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Delegada faz palestra de orientação contra golpes dirigidos aos pacientes hospitalares, a convite do Hospital São Rafael

Os recentes casos de fraudes direcionadas a familiares de pacientes internados em instituições de saúde pública e privada, em todo o país, foram o tema da palestra Operação Prontuário, realizada pela delegada civil Karina Campelo, de Belém do Pará, que a convite da Diretoria Geral do Hospital São Rafael, em Salvador, no último dia 03, passou informações importantes para colaboradores do HSR e representantes de hospitais convidados sobre como funcionava o sistema de fraudes dirigidas a familiares de pacientes internados em hospitais, com intuito de extorquir dinheiro. Ela e sua equipe foram responsáveis por desarticular a quadrilha que agia de dentro de um presídio no município de Rondonópolis, no Mato Grosso.

Contando com apoio de comparsas, do lado de fora da penitenciária, o grupo atuava organizadamente, levantando informações sobre prontuários de pacientes internados em unidades de terapia intensiva e conseguindo cúmplices, do lado de fora, que abriam contas bancárias nas quais eram depositados os valores obtidos graças à boa fé dos familiares dos pacientes. Movidos pela angústia de terem entes queridos internados, em estado grave, os parentes ou responsáveis, acreditavam na informação passada, por telefone, pelo falso médico, que exigia depósitos em dinheiro, supostamente para agilizar a realização de exames essenciais à sobrevivência do paciente, conforme noticiado, recentemente, na Bahia e em várias partes do Brasil.

Segundo a delegada, a quadrilha chegava a fazer de 7 a 10 vítimas por dia, nos mais diversos estados, atuando com número privado ou chip com DDD dos locais específicos do golpe. Embora a quadrilha tenha sido desarticulada, a delegada tem convicção de que o golpe continua a ser aplicado, seja pelos bandidos do mesmo grupo, que obtém acesso a aparelhos celulares e smartphones no presídio, ou por outras facções criminosas, que copiaram a prática bem sucedida.

Ela alerta os funcionários, sobretudo os de atendimento, telefonia e recepção dos hospitais a redobrarem a atenção e não fornecerem qualquer informação importante, sem antes se certificarem da identidade do interlocutor. Karina Campelo encerrou a palestra agradecendo ao HSR pela iniciativa pioneira da palestra e se colocou à disposição de outras instituições de saúde, para esclarecimentos e informações e justificou sua iniciativa, falando da similaridade entre a sua missão como policial e a missão dos profissionais de saúde. “Assim como vocês, a gente tem muito amor pelo que faz e não podemos deixar que essas ações maléficas nos intimidem”.

Fonte: Hospital São Rafael

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