Pulando atrás do trio elétrico ou descansando nas praias é preciso ter alguns cuidados
O feriado está chegando e os foliões já estão com as fantasias prontas, mas não só de marchinhas se faz o carnaval. Esta época do ano é conhecida pelos amores relâmpagos, que muitas vezes acabam em sérios problemas de saúde.
Para os que gostam de beijar vários desconhecidos, fica o alerta. A mononucleose, conhecida como a “doença do beijo”, pode ser confundida com uma gripe. “A doença se apresenta com febre baixa, precedida de mal-estar geral e dor de cabeça. Síndromes neurológicas e qualquer outro órgão podem ser acometidos pelo vírus”, explica a médica Tália Teixeira, Coordenadora do Pronto-Socorro do Hospital Anchieta.
O herpes labial também é uma grande vilã. Uma vez adquirida, ela será a sua companheira pelo resto da vida, aparecendo em momentos estressantes ou de queda de imunidade. “Em adultos, pode se apresentar como uma faringite severa e lesões nos lábios. Outros sintomas que podem ocorrer são febre, mal estar e dores musculares. A dor na boca e a febre persistem de 2 a 8 dias, neste período as vesículas aparecem e secam. Mas vale lembrar: essas doenças são transmitidas por qualquer contato com fluidos orais, como compartilhar copos, talheres e escova de dente”, explica a especialista. Além dos problemas passados pelo beijo, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) causam muitas dores de cabeça.
Não só no carnaval, o uso de preservativos é fundamental. A sensação de liberdade, associada ao excesso de bebida alcoólica, faz com que os foliões deixem de se proteger e se exponham a enfermidades graves e sem cura, como o HIV. Entre as que são transmitidas pelo sexo, estão: Aids, gonorreia, herpes, sífilis, hepatites B e C (que podem evoluir para câncer de fígado) e o HPV. O preservativo é sempre o melhor método para evitar doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. Outros cuidados: de acordo com a médica, é importante não abusar das bebidas alcóolicas.
“O etanol pode causar vômitos com sangue, gastrite e dor abdominal, além de inibir o hormônio antidiurético do rim, o que leva ao aumento da urina e pode causar desidratação. O folião deve comer comidas leves, sem gordura e tomar bastante água para hidratar”, conclui Tália Texeira.
Fonte: Hospital Anchieta – 11.02.2015
