Colaborador precisa estar no foco da cultura organizacional

Apenas com o alinhamento adequado entre os valores da empresa e as ações de seus colaboradores, novas estratégias de negócio serão bem-sucedidas, segundo especialistas presentes no Conahp2021.

Uma empresa é composta por pessoas. Partindo desse princípio, elas precisam ser envolvidas no desenvolvimento da cultura organizacional, serem engajadas a se apropriarem desses valores e serem estimuladas a buscar melhorias. Essas foram as conclusões da palestra “A importância da cultura organizacional para enfrentar os desafios da força de trabalho na próxima década”, do Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), que contou com a participação de Dawn Albee, diretora-executiva de engajamento do cliente da JCI, Fernanda Borin, diretora de Gestão de Talento e Experiência do Funcionário da Willis Towers Watson e Rodrigo Pereira, CEO da A3 Data, com a moderação de Pedro Palocci, presidente do Grupo São Lucas.

Algumas técnicas podem auxiliar as instituições a contar com o apoio de seus colaboradores e, assim, obter melhores resultados para seus negócios. De acordo com Dawn, a pergunta-chave é “se você fosse descrever a cultura organizacional da sua empresa em uma palavra, qual seria?”. Com base nas respostas, que devem ser bem investigadas e aprofundadas, a diretora da JCI acredita que pode ser realizado um diagnóstico da instituição, verificando-se os pontos positivos, neutros e negativos e, assim, iniciando-se mudanças internas que vão refletir externamente. “As transformações não acontecem do dia para noite, há muito trabalho a ser feito. O comprometimento e as ações da liderança são o primeiro passo, antes que mudanças necessárias ocorram”, explica.

O segundo passo, ainda segundo a executiva da multinacional norte-americana, é a cultura de segurança. “Uma cultura de segurança eficaz é composta por confiar, relatar e melhorar. Todo mundo precisa sentir que trabalha em um lugar seguro, que pode manifestar sua opinião. Depois, com os elementos que são trazidos, é preciso ver o que deve ser fortalecido, melhorado ou modificado”, defende. “Se a organização realmente se preocupa com as pessoas, se quer ter uma cultura forte, ela tem que estar pronta para ouvir de verdade. Não pode só ouvir, não fazer nada, e falar apenas o que quer”, completa Pereira.

O terceiro passo é a melhoria robusta de processo (robust process improvement – RPI), “A RPI é uma mistura de estratégias, ferramentas, métodos e programas de treinamento usada para melhorar processos de negócios e resultados. É uma abordagem sistemática baseada em dados para resolver problemas complexos. É importante ter uma cultura formal, assumida, que possa levar a empresa para um próximo nível”, esclarece Dawn.

“Este momento em que estamos vivendo é propício para pensar em mudanças culturais. As organizações precisam evoluir e muitos dos desafios estão relacionados à gestão de pessoas e à resistência dos colaboradores. Com a pandemia, aprendemos do jeito mais difícil que, quando a mudança é necessária, conseguimos nos adaptar e fazer isso de maneira muito rápida”, diz Fernanda.

Serviço:

Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp 2021)
Tema: Saúde 2030: Desafios e Perspectivas
Data: 18 a 22 de outubro
Inscrições: https://conahp.org.br/2021/

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