Os desafios da transformação digital na aprendizagem contínua – Café da Manhã com Medportal

No último dia 05/10, a Anahp promoveu mais uma edição online do Café da Manhã. Desta vez o encontro ficou sob o comando da empresa parceira Medportal, que levantou o debate sobre o tema  “Conhecimento e inclusão na era digital: como  liderar em tempos difíceis?”. Para compartilhar experiências sobre ensino à distância (EAD) nas instituições ondem atuam, participaram da conversa Helidéa Lima, diretora de Qualidade Assistencial da Rede D’Or São Luiz, Mônica Bezerra, diretora corporativa de Tecnologia e Operações da Santa Casa da Bahia, e Fabricio Amando do Nascimento, gerente-executivo de Tecnologia da Informação da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Além do CEO da Medportal, Thiago Constancio, como moderador.

A conversa teve um ponto central: como a tecnologia tem ajudado a impulsionar a educação dentro das instituições hospitalares e a influência da pandemia nesse processo de digitalização.  “Nosso entendimento é que a transformação digital se inicia na educação, e nós precisamos encontrar formas de ampliar o acesso”, disse Constancio, no contexto em que a Medportal trabalha para oferecer plataformas para cursos online na saúde. “Nós sabemos que conseguimos ampliar em torno de seis vezes o acesso aos treinamentos, e isso é inclusão e oportunidade para melhoria. Além disso, estamos falando em eficiência, porque colaboradores bem treinados entregam o melhor cuidado para os pacientes.”

Os hospitais representados no evento já atuam com treinamentos à distância, cada um em um estágio diferente, fator que ajudou a enriquecer o debate.

Veja agora algumas das questões levantadas pelos participantes do debate:

“Distribuição de know how” e manutenção da qualidade

Com o uso de tecnologia e plataformas de EAD é possível estender o alcance do conhecimento dentro das instituições, além de flexibilizar o acesso. “A renovação do conhecimento e da inovação é um aspecto que nos liga a uma necessidade de investir fortemente em educação. Nosso objetivo é fortalecer a cultura da aprendizagem contínua e ampliar esses caminhos de desenvolvimento para os nossos colaboradores, mas de forma personalizada para cada unidade de negócio da Santa Casa”, disse Mônica Bezerra. A Santa Casa da Bahia, além de estar à frente de três hospitais, abraça outras unidades de negócio, como diversos projetos sociais, museu, faculdade e outros.

No mesmo sentido Helidéa Lima contou sobre o desafio enfrentado pela Rede D’Or em formar novos líderes a partir das equipes que já fazem parte do quadro de colaboradores. E o ensino é parte fundamental deste processo. “A Rede cresce rápido e nós precisamos levar o nosso padrão para todas as unidades. E nós estamos no momento de desdobrar isso em trilhas, tudo por EAD, e os líderes que identificamos estão aos poucos sendo trabalhados”, explicou. “Nós criamos o portal com estratégia de mercado que foca na parte organizacional, que é programa de integração, competência e os treinamentos obrigatórios.”

O desafio é engajar

Engajar a equipe nos treinamentos internos é um desafio imposto a todos quando o formato é digital e à distância. Para Fabricio do Nascimento, a parte prática para ajudar na adesão é optar por aulas mais curtas, mas com conteúdo “bem projetado”. “Temos que colocar esses treinamentos dentro do dia a dia e, por isso, cursos extensos não são a melhor proposta. Precisamos trabalhar com pequenos cortes para que o desafio fique mais distribuído e a adesão aumente”, disse. O gerente também lembrou da importância de ter uma plataforma acessível, focada na experiência do usuário, como parte importante do engajamento.

Outra parte fundamental para conquistar o engajamento é fazer com que as pessoas entendam a importância do aprendizado, que tem a ver com a possibilidade de evoluir profissionalmente dentro da instituição. “Na Rede D’Or o aprendizado acaba sendo incentivado pela possibilidade de progressão, temos muitas oportunidades e as pessoas querem aprender”, declarou Helidéa Lima.

E Mônica Bezerra lembrou que esse processo faz parte de uma cultura organizacional que tem compromisso com a aprendizagem contínua e com a inovação. “Temos que desdobrar desde o nível estratégico até o operacional, independentemente do módulo operacional – se EAD ou presencial”, declarou. “Entender que patrimônio humano é um pilar estratégico é uma postura.”

Liderança atenta e intuitiva

A transformação digital, incluindo o aspecto da educação, só é possível quando encabeçada por uma liderança capaz de enxergar além. “Temos que olhar para o futuro com um olhar de capacitação e inclusão. Um estudo da Dell mostra que até 2030 85% das profissões que vão existir ainda não foram criadas, que vão nascer já em formato digital”, disse Nascimento.

Além disso, uma liderança empática, confiável e capaz de promover a união também contribui muito para esse processo. “Envolvimento não depende de onde trabalhamos, mas com quem trabalhamos. E para motivar as pessoas é preciso um clima de confiança”, afirmou Lima. “Temos que trabalhar muito as lideranças para que sejam intuitivas e tragam as pessoas para o propósito do trabalho.”

Mônica Bezerra completa: “Tudo o que pudermos desenvolver e direcionar para que as pessoas estejam convencidas e engajadas na nossa missão, é o mínimo que fazemos. Precisamos lançar mão de toda ferramenta que pudermos e a tecnologia está aqui para nos apoiar”.

Para saber sobre alguns processos e resultados das instituições representadas nesta edição do Café da Manhã, acesse a apresentação completa no canal da Anahp no YouTube:

 

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