Especialista alerta sobre os benefícios do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida para a prevenção de alergia alimentar, bem como a necessidade do acompanhamento nutricional após o diagnóstico. Em alguns casos a alergia alimentar pode dificultar o desenvolvimento físico, cognitivo e a saúde bucal da criança
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) revelam que entre 6% e 8% das crianças com menos de três anos tenham alergia alimentar. Especialista em Imunologia, a pediatra Dra. Verônica Tavares, do Centro de Especialidades Pediátricas do Hospital Samaritano de São Paulo, destaca a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. “A única forma comprovada de prevenção é o leite materno”.
Segundo a especialista, a alergia alimentar pode aparecer em qualquer idade. A mais comum é à proteína do leite de vaca e ocorre antes do primeiro ano de vida. O uso de fórmulas de leite, cada vez mais precoce, aumenta as chances de desenvolver alergia alimentar, o que pode levar a perda nutricional devido as diarréias intensas, irritabilidade em casos graves, a anafilaxia. “Uma doença potencialmente fatal”, destaca Dra. Verônica.
Por essa razão, a especialista alerta pais e familiares. “A alergia alimentar hoje em dia é muito mal conversada. Não basta apenas restringir a ingestão do alimento. A criança, a partir do momento que é diagnosticada com alergia – e para isso deve fazer todos os exames -, deve ter acompanhamento nutricional, para que não ocorram problemas posteriores como na saúde bucal e até no desenvolvimento”.
Entre os sintomas mais comuns das crianças com alergia alimentar estão: cólicas excessivas, diarreias, sangue nas fezes e presença de urticária (manchas vermelhas na pele) após a ingestão do leite. “Por isso, sugiro aos pais, familiares e cuidadores que façam um diário alimentar. Nele poderá conter informações sobre a rotina da alimentação da criança, bem como as reações, para que saibam exatamente – com auxílio do pediatra-, quais alimentos estão causando esses desconfortos”, finaliza.
Sobre Alergia Alimentar:
Reação do sistema imunológico que ocorre logo após a ingestão de um determinado alimento, a alergia alimentar afeta de 6% a 8% das crianças. Em alguns casos, pode causar sintomas graves ou até mesmo uma reação com risco de vida – conhecida como choque anafilático.
É fácil confundir alergia alimentar com intolerância alimentar, que é uma reação muito mais comum. Esta última, no entanto, é menos grave e não envolve o sistema imunológico.
A causa das alergias alimentares está relacionada à produção de um tipo de substância pelo organismo, chamada de anticorpos imunoglobulina E (IgE), que provoca alergias a um alimento específico. Reescrevi de uma maneira diferente
A alergia alimentar geralmente começa na infância, mas pode ocorrer em qualquer idade. Muitas crianças desenvolvem tolerância ao alimento conforme envelhecem, mas algumas podem durar a vida toda.
Fonte: ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Fonte: Hospital Samaritano de São Paulo – 12.08.2015