Entrevista: Alessandra Barcelos Menezes, psicóloga do Hospital Márcio Cunha
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Para conscientizar a população sobre a importância do cuidado e atenção com a saúde mental e emocional, surgiu a campanha Janeiro Branco. A iniciativa veio da necessidade de chamar atenção da população e das instituições a respeito das doenças mentais e do enfraquecimento da mente, quadro crescente na sociedade atual. Ao longo da vida, todos nós podemos ser afetados por problemas de instabilidade emocional e saúde mental, de menor ou maior gravidade. Certas situações específicas podem gerar e agravar os quadros de perturbações na saúde mental.
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid-19 no mundo. As mudanças na rotina da população impostas pelo isolamento social, o distanciamento de amigos e parentes, assim como a convivência com o medo do contágio. Vale destacar ainda situações mais críticas como a crise econômica, a perda de empregos e o luto por familiares e amigos vítimas da Covid-19, como fatores predominantes para uma piora na saúde mental das pessoas neste ano.
Somente o Brasil já registrou mais de 7 milhões de casos do novo coronavírus e mais de 191 mil vidas perdidas. Chegamos ao final do ano em um contexto completamente atípico. “Estamos vivenciando há meses uma pandemia, com quarentena, funcionários em home office, crianças em casa, cidadãos preocupados com o contágio e temendo a doença, pessoas que perderam seus empregos, outras perderam parentes e amigos. Enfim, tudo foi acumulando para gerar em muitos situações de stresse ou mesmo depressão”, avalia Alessandra Menezes, psicóloga do Hospital Márcio Cunha.
Alguns questionamentos são importantes. Qual a situação da saúde mental do brasileiro na pandemia? Como identificar o sofrimento psicológico? Quando buscar ajuda profissional? Como preparar a nossa mente para esperar um ano novo mais positivo? Qual a mensagem de encorajamento necessária neste momento em que um novo ano está para chegar?