No Dia Mundial de Higiene das Mãos, OMS reforça importância da prevenção

Em 5 de maio, é lembrado o Dia Mundial de Higiene das Mãos, uma campanha global da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a iniciativa tem o apoio do Ministério da Saúde e de diversas entidades que se unem para promover a conscientização sobre a importância de um ato simples, mas que salva vidas. 

Lavar as mãos é mais do que uma rotina simples de limpeza, é uma prática fundamental para a prevenção de doenças e para a redução da disseminação de infecções. Desde gripes e resfriados até diarreias e infecções, a simples combinação de água e sabão se torna a primeira medida para evitar a propagação dessas doenças.”

“As mãos não higienizadas são responsáveis por transmitir doenças infectocontagiosas, incluindo as respiratórias e as intestinais. Pela boca a gente respira, saliva e, quando você fala, saem microscópicas gotinhas que transmitem as doenças”, diz Alfredo Salim Helito, clínico geral e médico de família no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Como se proteger

A transmissão de doenças infectocontagiosas pode ocorrer de várias maneiras por meio das mãos – ao tocar os olhos, nariz e boca, por exemplo, ou durante a manipulação de alimentos e bebidas sem a devida higienização, ao entrar em contato com superfícies e objetos infectados. Além disso, o hábito comum de assoar o nariz, tossir ou espirrar nas mãos e, em seguida, tocar em outras pessoas ou itens compartilhados também contribui para a propagação de germes.

“Quando você segura algum objeto e encosta num banheiro público ou num ônibus para evitar a queda, por exemplo, você recebe e transmite vírus, bactérias, fungos. É aí que você faz essa transmissão. Então não higienizar as mãos, do ponto de vista individual, é problemático para a saúde pública”, afirma o médico.

Por isso, é preciso higienizar as mãos com frequência, especialmente em algumas situações nas quais há maior probabilidade de espalhar vírus ou bactérias. O Centro de Controle Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos criou uma lista que pode ser seguida em todo o mundo.

Quando lavar as mãos: 

-Antes, durante e após a preparação de alimentos.

-Antes e após as refeições.

-Antes e após cuidar de alguém que esteja doente em casa, com vômito ou diarreia.

-Antes e após tratar um corte ou ferida.

-Após usar o banheiro.

-Após trocar fraldas ou limpar uma criança que tenha ido ao banheiro.

-Após assoar o nariz, tossir ou espirrar.

-Após tocar em um animal, comida de animal ou resíduos animais.

-Após manusear alimentos ou petiscos para animais de estimação.

-Após lidar com lixo.

A proteção começa pelos profissionais de saúde

A campanha da OMS reforça anualmente a consciência pública sobre a importância da higienização das mãos na prevenção de doenças e na promoção da saúde. A entidade acredita que nenhuma pessoa que recebe ou presta atenção à saúde deve estar exposta ao risco de uma infecção prevenível. Ou seja, higienizar as mãos deve ser também a primeira preocupação dos profissionais de saúde para evitar infecções a si próprio e também ao paciente, durante a prestação de assistência médica.

Pensando nisso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) criou um manual para sanar as dúvidas e guiar os profissionais de saúde sobre quando e como devem lavar as mãos. As situações vão desde o início e o fim do turno de trabalho, antes de preparar medicação, após utilizar o banheiro, antes e depois de contato com pacientes e após manusear quaisquer resíduos.

Importância da higiene das mãos, com ou sem pandemia

“A pandemia de Covid fez com que a higienização das mãos crescesse. Evidente, no próprio ambiente hospitalar, a ideia de lavar as mãos mais vezes, a ideia de usar álcool em gel o tempo todo, isso se apreendeu com a pandemia de Covid”, diz Helito. 

“Ainda falta aumentar muito essa conscientização. Com certeza na pandemia isso surgiu [essa preocupação], mas agora já está começando a diminuir [o hábito]. Por isso que campanhas como o Dia Mundial de Higienização das Mãos são importantes para prevenir, relembrar a população e a própria classe médica e paramédica sobre a obrigação dessa higienização.”

A higiene das mãos dignificam e são um sinal de respeito às pessoas que buscam atenção à saúde e facilitam o trabalho de quem a entrega, diz a OMS. É fundamental que todos assumam a responsabilidade de incorporar esse hábito em suas rotinas diárias como forma de contribuir para um mundo mais saudável e seguro.

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7 hábitos de higiene que ajudam a prevenir doenças

Medidas de prevenção contra a Covid-19: é importante relembrar 

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