Telessaúde complementa assistência presencial e amplia acesso

Prática está cada vez mais incorporada pelo sistema e presente na cultura do brasileiro

A Telemedicina proporcionou uma evolução imensurável para a assistência no Brasil, na opinião da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados. “É um fenômeno que amplia os horizontes e o acesso, além de permitir melhor aplicação dos recursos”, resume Carlos Pedrotti, coordenador do GT de Saúde Digital da Anahp e gerente médico do Centro de Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein. 

Popularizada com a pandemia, a prática foi autorizada e disciplinada pela Lei 14.510/22, que ainda instituiu o conceito de Telessaúde e expandiu a possibilidade de atendimento remoto para outras áreas além da Medicina. “É importante destacar que a demanda e a satisfação dos pacientes também foram responsáveis por esse marco regulatório. A Telemedicina está cada vez mais presente na cultura do brasileiro”, destaca o especialista.

Pedrotti acrescenta que a lei facilita o desenvolvimento dos processos e dá autonomia para profissionais e pacientes e ainda oferece segurança jurídica para as organizações, prestadores e todos os envolvidos na prestação do serviço. “Isso vai facilitar os investimentos em inovação, qualificação e expansão”, avalia. 

Os próximos passos, continua, estão relacionados com questões operacionais e de protocolo e com a incorporação de novas tecnologias. “Teremos que discutir a prescrição digital de receitas especiais, inteligência artificial e o software como dispositivo médico”, enumera. Ao mesmo tempo, será necessário aprofundar nos temas prontuário eletrônico e privacidade dos dados. 

Ele ressalta os bons resultados observados até o momento e garante que a grande maioria dos atendimentos da Telemedicina dispensam o deslocamento até as unidades de saúde. “Retiramos o paciente do PS sem negar o acesso e possibilitamos que o especialista vá até o paciente, e não o contrário”, resume. 

Por fim, Pedrotti revela que é possível ir ainda mais longe com a inclusão de dispositivos de telepropedêutica mais avançados, como estetoscópios, câmeras especiais e sensores que tornam as avaliações mais precisas. “E ainda vamos evoluir para a realização de exames a distância, com resultados rápidos, que vão revolucionar a assistência”, finaliza.

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