Indicadores hospitalares da Anahp apontam para aumento de glosas e do prazo médio de recebimento

Associação defende diálogo para resolver o problema

O destaque desta edição da publicação mensal da Anahp sobre indicadores hospitalares são os índices de glosa e prazo médio de recebimento, dados centrais no processo de gestão de hospitais e operadores de plano de saúde. Os números, que retratam o acumulado de janeiro a novembro de 2022 contra o mesmo período do ano anterior, apontam para o crescimento dos dois índices. A glosa saiu de um percentual de 3,63 da receita líquida dos hospitais Anahp para 4,51 no último ano. Já o prazo médio de recebimento saiu de 68,26 para 75,80 dias.

Para o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, os números confirmam o que tem sido uma reclamação diária dos hospitais associados, que é o crescimento no volume de glosas apresentadas pelas operadoras. “Reconhecemos a importância das contas hospitalares passarem pela análise das operadoras, até para encontrar eventuais inconsistências e solicitar ao hospital esclarecimentos. Na prática, porém, o que vem acontecendo é a dinâmica de um sistema em que são glosadas, em muitos casos, contas em um volume tão grande que desequilibram a relação entre as operadoras e hospitais, impactando no fluxo de caixa dos prestadores”.

Já sobre a importância de um prazo de recebimento adequado, o executivo citou a dificuldade encontrada pelos hospitais ao fazerem gastos em um determinado momento e essa conta levar meses para ser paga pela operadora. “O setor hospitalar conhece as dificuldades que estão sendo vividas pelas operadoras com aumento de sinistralidade e a redução dos resultado operacionais. Mais do que isso, temos procurado ser parceiros na busca por soluções estruturais. Porém, as dificuldades que estão sendo vividas neste momento não podem servir de desculpas para uma política deliberada de imposição de glosas. Cada operadora tem o seu sistema, as suas práticas, o que torna o processo de apresentar as contas hospitalares altamente tumultuado complexo. Basta saber que 60% das glosas são questões administrativas. Às vezes, um equívoco sobre um detalhe, troca de algarismo”.

Acesse a íntegra da publicação aqui.

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