Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Tecnologia X Humanismo

Quase 215 mil pedidos de patentes foram registrados na Wipo, sigla em inglês para Organização Mundial de Propriedade Intelectual, apenas em 2014. Uma chuva de novidades que vêm de todos os cantos do mundo, mas principalmente da China, Reino Unido e Estados Unidos.

A questão é que a sociedade também se transforma, tornando-se cada vez mais globalizada e dependente de toda esta tecnologia. Na medicina, esta mudança também ocorreu, possibilitando avanços imensos no diagnóstico e tratamento de muitas doenças. A cardiologia pode ser considerada uma das áreas mais beneficiadas, com evolução mais significativa nos últimos 20 anos.

A tecnologia é extraordinária, mas o outro lado também existe. Às vezes, o usuário desta maravilha, o “Senhor Paciente”, pode ficar relegado ao segundo plano. A sedução da técnica e da máquina na medicina pode ser responsável por um grande prejuízo no relacionamento humano, sobretudo na relação médico-paciente, que algumas vezes parece fria e engessada.

“Não houve correlação do desenvolvimento tecnológico com a melhora do relacionamento humano. Percebemos de forma clara que necessitamos reaprender a entender o ser humano em toda a sua beleza e complexidade, pois ele e a sua saúde são o objetivo maior da profissão médica”, assegura Márcio Fabiano Chaves Bastos (CRM-PR 14032/RQE 9184), médico cardiologista do Hospital Pilar e coordenador do VIII Simpósio Dr. João I. Milano de Cardiologia, que acontece no dia 22 de agosto.

Internet, câmeras, medicamentos, máquinas, exames. É quase impossível se abster do mundo tecnológico. Mas, quando se fala em cardiologia, Bastos e um de seus convidados especiais para o simpósio, Protásio Lemos da Luz (CRM-SP 12811), Professor Titular de Cardiologia do Incor-Fmusp, acreditam que ela tem que caminhar de forma paralela e sinérgica com o humanismo, possibilitando que o ser humano seja beneficiado e entendido em sua plenitude, respeitando-se valores morais, éticos e bioéticos.

Fonte: Hospital Pilar – 22.07.2015

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