Nesta sexta-feira, 30, Dia Nacional de Luta Contra o Reumatismo, a reumatopediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Maria Teresa Terreri, faz um alerta. Cerca de 20% das pessoas diagnosticadas com esse conjunto de doenças, antes tido como um mal advindo com a idade, possuem até 18 anos.
“O reumatismo na infância e juventude ainda pode ser muitas vezes confundido com dores de crescimento. É preciso que pais e médicos estejam atentos para encaminhar este paciente a um especialista o quanto antes”, argumenta Maria Teresa. “Hoje, não podemos mais aceitar que este tipo de doenças incapacite crianças e jovens, causando deformidades em mãos e pés ou até mesmo atingindo órgãos vitais, como coração, pulmão, rins, cérebro, entre outros”, complementa.
A médica ainda explica que, normalmente, há dois tipos mais comuns de doenças reumáticas que afetam crianças e jovens: a Febre Reumática e a Artrite Idiopática Juvenil. A primeira é desencadeada por um fator externo, ou seja, é uma inflamação decorrente de alguma bactéria que causou uma infecção anterior, tornando-se uma doença autoimune. Já a segunda não tem causa bacteriana, mas se caracteriza por inflamação que afeta as juntas.
Entre os sintomas mais comuns das doenças reumáticas estão dor, inchaço nas articulações e limitação motora. Ainda de acordo com a médica, é importante que o diagnóstico seja feito com exatidão e precocemente, pois isso ajudará no prognóstico do paciente.
Não há cura para o reumatismo, porém, uma vez diagnosticado, o tratamento deve ser contínuo, possibilitando que os pacientes levem uma vida comum com a estabilização do quadro. A doença pode ser desencadeada por vários fatores, entre eles influência hormonal (nas meninas, a partir da primeira menstruação, por exemplo), problemas emocionais (alguma grande perda) ou, ainda, fatores genéticos.
Principais Sintomas em crianças e adolescentes:
– Febre que não se descobre o foco ou sem causa aparente,
– Inflamação e dor nas articulações (alta temperatura na região e inchaço),
– Problemas simultâneos em vários órgãos,
– Hipersensibilidade ao sol, sequência de erupções ou outras alterações na pele,
– Alterações sanguíneas (baixo nível de leucócitos e plaquetas) ou proteína na urina,
– Fraqueza muscular.
COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.400 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, conquistado pelo quinto ano consecutivo em 2015.
Fonte: Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos – 28.10.2015