Os benefícios do cuidado integral e multidisciplinar para o paciente oncológico – Café da Manhã com Viveo

A atuação de equipes multidisciplinares na saúde tem se mostrado ação fundamental para a conquista de melhores desfechos. No caso da oncologia não é diferente, e os resultados podem ser surpreendentes quando há uma integração efetiva de diversas frentes, promovendo um olhar holístico para o paciente. No Café da Manhã online promovido pela Anahp em parceria com a Viveo, com o tema “A sinergia da equipe multiprofissional no manejo de pacientes oncológicos nos efeitos colaterais, melhorando a qualidade de vida”, especialistas apresentaram um case mostrando na prática como essa integração funciona em benefício de quem está recebendo o cuidado.

A abertura do evento ficou a cargo da gerente de Marketing da Viveo, Giane Adames, e a moderadora da conversa foi Patrícia Ferreira, nutricionista, MSL da Nestlé Health Science. A apresentação foi realizada pela oncologista Vivian Coski (Oncocenter-SP) ao lado na nutricionista Daniela Monaco (Gastrocamp/Oncocamp). E, apresentando soluções da Viveo para melhorar a jornada de cuidado dos pacientes, participou também Rafael Matioli, head de Conexão com o Paciente da empresa.

Integração desde o primeiro instante

Para mostrar aos convidados do Café da Manhã como a atuação multiprofissional pode fazer a diferença na vida de um paciente, Vivian Coski e Daniela Monaco apresentaram um case de câncer de reto, destacando as decisões estratégicas tomadas em conjunto em cada fase do tratamento relacionadas especialmente à nutrição.

Para saber detalhes dessa história e das medidas adotadas em conjunto pela oncologia e nutrição em cada etapa desse tratamento, acesse o vídeo completo no canal da Anahp no YouTube

Coski explicou que, de acordo com as especificidades do caso em questão, a opção foi pelo tratamento neoadjuvante total (TNT), ou seja, realizado antes da cirurgia – protocolo comumente utilizado em casos de câncer de reto com as especificidades apresentadas. Neste cenário, a ação combinada entre especialidades durante as várias fases do cuidado pode ter efeito decisório no desfecho clínico. “Essa paciente iria começar com o TNT e, no final, entenderíamos se ela seria uma candidata ao ‘Watch and wait’ [outro tipo de protocolo utilizado para tratamento de câncer], caso tivesse resposta completa. Ou, então, se ela seria uma candidata a uma cirurgia convencional ou, ainda, à amputação anorretal”, explicou.

Para Monaco, a eficiência da integração está diretamente ligada ao momento em que outros profissionais são incluídos na jornada do paciente. “É muito importante identificar o risco nutricional, já pensando no plano de tratamento e tendo a noção de complexidade da intervenção”, disse. A nutricionista explicou que esse é primeiro passo do trabalho, que diz respeito à chamada triagem nutricional. É nesse momento que o especialista deverá fazer sua proposta de cuidado de acordo com o quadro apresentado. “E quanto mais precoce for essa intervenção, mais podemos contribuir para essa jornada.”

Déficit de nutrição e imunidade

Em quadros de câncer, é preciso considerar que o tratamento (que incluir procedimentos como quimio e radioterapia) podem levar a um déficit de nutrição, o que pode interferir negativamente nos resultados perseguidos pelos médicos e outros profissionais envolvidos. Por isso a importância de olhar para imunonutrição desde o primeiro instante. A prescrição de suplementos (ajustados a cada fase do tratamento) alinhados a uma alimentação e hábitos de vida saudável é fundamental. “Sabemos que a imunonutrição vai atuar na modulação do sistema imunológico, permitindo uma qualidade imunológica melhor, além de reduzir os parâmetros de inflamação tecidual, que nós sabemos que pacientes em tratamento de câncer têm essas substâncias inflamatórias ‘a todo vapor’ tanto pelo câncer quanto pelo tratamento”, explicou Coski.

Mas só o médico saber da importância dessa parte do tratamento não resolve. Daniela Monaco explicou que faz parte do trabalho do nutricionista explicar e conscientizar o paciente sobre a importância de um acompanhamento de um nutricionista inserido na equipe, e não apenas de uma visita isolada. “Precisamos mostrar ao paciente que ele vai ficar bem através desse pacto. Se conseguir se alimentar bem, se hidratar adequadamente, fazer a suplementação de acordo com as instruções de um nutricionista, ele vai ficar melhor e não vai sentir a doença como uma limitação, vai saber que pode continuar sua jornada.”

Desfecho

No case apresentado durante o Café da Manhã, a paciente, apesar de precisar ser submetida à cirurgia, obteve bons resultados. E as especialistas associam o desfecho favorável às práticas adotadas em conjunto, assim como a colaboração ativa da paciente. “Essa paciente não precisou ficar na UTI [no pós-cirúrgico] e teve alta muito rapidamente, com zero complicações. Este resultado é conjunto, certamente tem a ver com performance, atividade física, mas também pela suplementação que nós fizemos”, disse a oncologista. Para ela, a suplementação usada na fase pré-operatória (chamada Impact) contribuiu também para a “excelente cicatrização” no pós-cirúrgico.

A perda de peso, praticamente inevitável nesse tipo de tratamento, aconteceu, mas com efeitos menos agressivos. Dos 59 quilos iniciais, a paciente chegou aos 53. “Imagina se não conseguíssemos aplicar essas estratégias nutricionais? Isto é uma reflexão que precisamos fazer, nós temos que preservar os pacientes em todas as estruturas, massa muscular, imunonutrição… Essa sinergia, então, é fundamental. O médico integrado com a terapia nutricional é um orgulho, uma conquista para nós, nutricionistas, que batalhamos por isso”, finalizou Monaco.

Assista abaixo a apresentação completa do Café da Manhã da Viveo.

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