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Hospital São Vicente de Paulo (RJ) oferece novo procedimento que aumenta a precisão do diagnóstico do câncer de próstata

O combate ao câncer de próstata ganhou um importante aliado. A novidade é um programa de computador que permite fundir imagens da ressonância magnética e do ultrassom, proporcionando aos médicos visualização mais clara da área investigada. “Esta tecnologia torna a detecção do câncer de próstata mais eficaz. Com a fusão das imagens em tempo real, é possível criar um mapa da próstata. Desta forma, os médicos podem identificar melhor as áreas suspeitas, necessitando retirar menos fragmentos para a biópsia do que no método tradicional”, explica o radiologista intervencionista do Hospital São Vicente de Paulo, Vicente Ramos.

A biópsia tradicional da próstata é realizada por via transretal, por meio da coleta randomizada dos fragmentos. “Isto implica na necessidade da retirada de um número maior de fragmentos e, portanto, no aumento do risco de sangramento. Com a fusão de imagens, a coleta de fragmentos pode ser direcionada para as áreas de maior suspeição observadas na ressonância magnética, com as imagens superpostas. O ultrassom guia o procedimento e a ressonância permite o diagnóstico mais preciso de uma eventual lesão”, esclarece o especialista. A biópsia convencional tem de 20 a 30% de chances de ter um falso negativo, sobretudo em lesões localizadas na região anterior da próstata ou fora das zonas periféricas. De acordo com Ramos, a biópsia de próstata por fusão de imagens reduz o percentual de falso negativo e aumenta o diagnóstico de lesões clinicamente significativas.

Como funciona?
O equipamento conta com sensores que permitem sobrepor as imagens dos exames, o que possibilita a visualização precisa da localização da lesão a ser biopsiada. “Isto nem sempre é possível apenas com o ultrassom, como no caso de lesões localizadas no ápice prostático e fora da zona periférica”, destaca Ramos.

A técnica também proporciona a realização de biópsias por via transperineal, beneficiando pacientes com impossibilidade de acesso transretal. O exame é realizado sob sedação, para reduzir o desconforto do paciente e para garantir que ele se mantenha imóvel, o que é fundamental para a melhor qualidade das imagens.

Quando realizar?
O diagnóstico por imagem é complementar ao exame físico realizado pelo urologista. Por meio da ressonância magnética da próstata, é possível estimar o risco de câncer, reduzindo o número de biópsias desnecessárias. “Nos casos em que, após a ressonância, haja indicação de biópsia, utiliza-se a fusão de imagens. Esse procedimento também tem papel importante quando o paciente tem uma lesão que precisa ser acompanhada regularmente e já realizou biópsias anteriormente”, destaca Ramos. O teste é indicado também para pacientes que apresentem alterações no exame de sangue de PSA (Antígeno Prostático Específico) ou no toque retal.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas dos tumores de pele não-melanoma. De acordo com as estimativas do INCA serão registrados 65.840 novos casos no país, somente este ano. A detecção precoce da doença aumenta as chances de cura a mais de 90%.

Fonte: Hospital São Vicente de Paulo (RJ)

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