Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Dia Mundial Sem Tabaco: alerta sobre os riscos à saúde

Números de fumantes cai no Brasil, mas doenças ocasionadas pelo cigarro ainda matam cerca de 200 mil pessoas por ano.

O dia 31 de maio é marcado pela comemoração do Dia Mundial Sem Tabaco, criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente o tabagismo mata mais de 5 milhões de pessoas no mundo.

De acordo com o pneumologista do Hospital Anchieta, Daniel Boczar, no Brasil, o número de fumantes caiu nos últimos anos. Estudos recentes demonstram queda de 28% nos últimos 8 anos e em 2013 a prevalência caiu para 11,3%, dado três vezes menor quando comparado a 1989. Porém, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, estima-se que, a cada ano, 200 mil brasileiros morrem precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo.

O especialista explica que 30% de todos os cânceres são relacionados ao cigarro. Os principais são os cânceres de pulmão onde o cigarro é o responsável em 90% dos casos, boca, laringe, faringe, estômago, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero. “O tabagismo é responsável por 25% dos infartos e anginas; 25% das ocorrências de derrame cerebral; 85% dos pacientes com bronquite crônica e enfisema são fumantes, além de úlceras gastroduodenais, infecções respiratórias, impotência sexual e claudicação”.

Mais mulheres fumantes– Atualmente, o índice de mulheres fumantes segue aumentando, principalmente em países em desenvolvimento. “Esta prevalência aumentada torna-se grave, pois além da exposição pessoal da mulher aos malefícios do cigarro, existe também a vulnerabilidade durante a gestação. Elas tem os riscos de infertilidade, aborto espontâneo e morte fetal e câncer de mama e colo de útero aumentado”, afirma Daniel Boczar.

Tratamento – O tratamento do tabagismo é baseado em medidas cognitivo-comportamentais que permitem transmitir ao fumante os conhecimentos necessários para cessar o tabagismo e estratégias para modificar seu comportamento. Existem os grupos de cessação do tabagismo, que consistem na abordagem multidisciplinar, como peça fundamental para o tratamento cognitivo-comportamental. No Distrito Federal estes grupos são realizados em empresas, em centros de saúde e hospitais. Além disso, existe o tratamento medicamentoso. “É importante salientar que as medicações são parte do tratamento e é necessário primeiramente que o paciente manifeste o desejo de cessar o tabagismo. Sem isso o tratamento perderá em efetividade”, explica o pneumologista.

Abstinência – Quando a pessoa decide parar de fumar, ela pode apresentar alguns sintomas desagradáveis, como: dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência da nicotina. O sintoma mais intenso a grande vontade em fumar. É importante saber que a “fissura” geralmente não dura muito tempo e vai reduzindo gradativamente a sua intensidade.

Benefícios – Ao para de fumar, diversos benefícios ocorrem na vida da pessoa, como: diminuição do risco de doença cardíaca e câncer de pulmão; esperança de vida aumentada de cinco a oito anos; redução da despesa com cigarros e com tratamento de doenças ligadas; diminui o envelhecimento precoce; clareamento dos dentes e pontas dos dedos; melhora da resistência física para exercícios; melhora da qualidade de vida e sensação de bem estar e certeza de ter conquistado algo importante para si.

Lei antifumo – A fim de proteger a população e contribuir para diminuição do tabagismo entre os brasileiros, em dezembro de 2014 foi regulamentada a Lei Antifumo (12.546), que proíbe fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, como restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo.

Fonte: Hospital Anchieta – 28.05.2015

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