Promovido pela White Martins na manhã de hoje (24), na sede da Associação em São Paulo, Café da Manhã mostrou como a utilização da ventilação mecânica 100% automatizada auxilia no processo respiratório do paciente, quando necessário em um eventual momento de internação. O evento contou com a presença de mais de 40 participantes presenciais e foi direcionado a profissionais de medicina intensivista, fisioterapia, enfermagem, engenharia clínica, diretores de hospitais interessados em gerar economia de recursos financeiros e de RH.
A palestra de José Miguel Salomão Neto, engenheiro eletrônico e diretor técnico da Fleximed, começou com uma apresentação da relevância do uso da ventilação 100% automatizada, bem como as motivações que levaram a Hamilton Medical, empresa suíça que fabrica ventiladores mecânicos de tecnologia de ponta, a projetar e desenvolver equipamentos de ventilação automatizada que são referências nesse tipo de tecnologia no mundo. Nos anos 80, a instituição passou a desenvolver e lançou no mercado o ASV (Ventilação com Suporte Adaptativo) que fornece respirações controladas por pressão com o intuito de minimizar o trabalho mecânico da respiração. A máquina deduz e seleciona o volume e frequência respiratória que o cérebro do paciente precisaria caso ele não estivesse conectado ao aparelho, estimulando o retorno da respiração espontânea no menor tempo possível.
Em 2010, a Hamilton Medical trouxe para o mercado o Intellivent, aparelho de ventilação 100% automatizada e considerado uma evolução do ASV. O Intellivent monitora de forma contínua a ventilação e oxigenação no processo respiratório do paciente, com base em informações fisiológicas como o seu peso, gênero, altura, medição da PEEP (pressão positiva expiratória final – que é uma forma de aplicação de resistência na fase expiratória para abrir unidades pulmonares mal ventiladas) e verificação de oxigênio. Segundo Salomão, é importante “saber a hora certa de extubar o paciente, porque se extubar depois, ele pode ter pneumonia e outras complicações. Deve-se simplificar os modos de ventilação mecânica para proporcionar segurança ao paciente”, comentou.
Outra motivação que levou a Hamilton Medical a criar o aparelho refere-se ao fato de que, até o ano de 2004 só nos Estados Unidos foram registradas de 44.000 a 98.000 mortes por conta de erro médico por ano. O Institute for Healthcare Improvement (IHI) lançou a campanha “Getting Started”, com o objetivo de “otimizar e padronizar os modos de controle de ventilação do paciente e salvar 100 mil vidas” de acordo com Salomão. Outra ação da campanha foi mobilizar médicos norte-americanos a se familiarizarem com a ventilação mecânica 100% automatizada em plantões de hospitais, prontos-socorros e ambulâncias.
BAIXE A APRESENTAÇÃO DO EVENTO