No dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, a Rede Mater Dei de Saúde destaca o Serviço de Cardio-oncologia do Hospital
O dia 26 de abril é lembrado como Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Instituída pela Lei Federal n° 10.439 de 30 de abril de 2002, a data vem conscientizar a população sobre a prevenção e controle da doença. Com os avanços da medicina oncológica, descobriu-se a maior incidência de problemas cardíacos em pacientes com câncer e nasceu uma nova subespecialidade, a Cardio-oncologia. Como o próprio nome diz, ela associa a cardiologia à oncologia durante e após o tratamento da doença.
“Observa-se uma mudança de perspectiva com relação ao prognóstico dos pacientes oncológicos. Houve um aumento na expectativa e qualidade de vida dos pacientes, mas, em contrapartida, vários desenvolveram problemas cardiovasculares durante ou após o tratamento, secundários a efeitos colaterais à quimioterapia e ou à radioterapia. A interação entre cardiologistas e oncologistas visa reduzir os efeitos adversos cardiovasculares e obter melhores resultados no tratamento oncológico”, explica a médica e coordenadora do Serviço de Cardio-Oncologia do Mater Dei, Patrícia Tavares.
Desde 2012, a Rede Mater Dei de Saúde investiu no Serviço de Cardio-oncologia, uma inovação no Brasil. O setor presta assistência especializada aos pacientes que apresentam fatores de risco, encaminhados pelos oncologistas/ hematologistas assistentes, realizando exames periódicos, preventivos, conforme definido em consensos nacionais e internacionais. De acordo com a médica, “o Mater Dei dispõe de exames propedêuticos de alta tecnologia que aumentam a possibilidade de detecção precoce de sinais de cardiotoxicidade. A realização de ecodopplercardiograma com a análise pela modalidade de strain bidimensional e de exames de sangue com quantificação de biomarcadores cardíacos são alguns exemplos”. Patrícia acrescenta que a investigação e o acompanhamento periódico da Cardio-oncologia, permitem melhores resultados do tratamento oncológico, sendo necessário, algumas vezes, o início de medicações cardioprotetoras visando a manutenção do tratamento oncológico, sem necessidade de interrupções ou adiamento da quimioterapia por cardiotoxicidade.
“A hipertensão arterial e o câncer, frequentemente, coexistem nos pacientes oncológicos. Nos registros de câncer, a hipertensão arterial é o diagnóstico mais comum. Os quimioterápicos mais relacionados à hipertensão são os inibidores da angiogênese que podem aumentar a incidência de hipertensão arterial em até 47% dos casos. Outras medicações muito utilizadas como eritropoetina, corticosteroides e inibidores da cicloxigenase (anti-inflamatórios), também podem elevar a pressão arterial. Dessa forma, os pacientes em tratamento oncológico, especialmente, os que estão em uso dessas medicações necessitam de estreita observação dos níveis pressóricos antes e durante o tratamento”, revela a médica.
A saúde cardíaca dos pacientes oncológicos deve ser monitorada, “especialmente em pacientes que apresentem fatores de risco para o desenvolvimento de cardiotoxicidade, que são efeitos colaterais que acometem o sistema cardiovascular. Incluem-se nesse grupo pacientes com menos de 15 ou mais de 65 anos e que já possuam doenças do sistema cardiovascular como hipertensão, diabetes, disfunção cardíaca e doença das coronárias, além daqueles que irão receber tratamento com radioterapia, com irradiação de grande volume no coração, cabeça, pescoço, tórax ou mediastino. Outro grupo de pacientes que deve ser monitorado é o dos que irão utilizar medicações que apresentam maior potencial de cardiotoxicidade”, conta Patrícia.
Há diversos estudos em andamento, em vários lugares do mundo, para saber quando iniciar as medicações cardioprotetoras e quais são os principais sinais de disfunção cardíaca. De acordo com a coordenadora do Serviço de Cardio-oncologia, é preciso avaliar as alterações na pressão desde o início do tratamento. Preferencialmente, antes da primeira dose da medicação, principalmente, em paciente hipertenso, ou se irá fazer uso de tratamento de câncer que utilizará medicações que aumentem o risco de descontrolar a pressão arterial como os já citados.
A boa notícia é que há formas de prevenir a hipertensão arterial dos pacientes oncológicos por meio de medidas dietéticas (alimentos hipossódicos) e da realização de atividade física regular, de acordo com a médica. “Esse trabalho de prevenção também é feito em parceria com a Oncologia/Hematologia que precisa, muitas vezes, ajustar a dose da medicação administrada durante cada sessão, mudar a via de administração ou redefinir a combinação ou a sequência de fármacos para redução do risco de desenvolvimento da hipertensão arterial”, finaliza Patrícia.
Sobre a Rede Mater Dei de Saúde
Fundado em 1980, em Belo Horizonte/MG, o Hospital Mater Dei tem por missão o “compromisso com a qualidade pela vida” e a filosofia de “oferecer sempre atendimento diferenciado, personalizado e humanizado a todos os nossos clientes”, em todas as fases da vida. Atualmente, a Rede Mater Dei de Saúde é composta pelas Unidades Santo Agostinho e Contorno. Desde a fundação, o Hospital investe em tecnologias de ponta para oferecer aos clientes precisão e segurança no cuidado com a saúde. A Rede fornece atendimento particular e para mais de 80 convênios. O Serviço de Oncologia do Mater Dei de Saúde cresceu exponencialmente nos últimos quatro anos, incorporando inovações como a Onco-hematologia, a Cardio-oncologia, ambulatório de Oncogenética, a integração multidisciplinar com todos os serviços correlatos na Rede, a nutrição oncológica, o Check-Up Oncológico, a formação de especialistas por meio da especialização em Cancerologia Clínica e equipes multidisciplinares que se reúnem para discutir os casos diagnosticados. Acesse o site: www.materdei.com.br
Fonte: Rede Mater Dei de Saúde – 27.04.2015