Jornada Digital | Estratégias para a gestão de fluxo de caixa nos hospitais

A Jornada Digital Anahp 2025 iniciou sua programação com o tema eficiência operacional, que será abordado durante o mês de fevereiro.

O primeiro encontro discutiu a gestão do fluxo de caixa nos hospitais e contou com a participação de:

  • Mônica Bezerra, diretora corporativa de Tecnologia e Operações da Santa Casa da Bahia
  • Marcos Simões, diretor-executivo de Finanças, Jurídico e Operações da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Eliane Oliveira, superintendente de Finanças e Garantia da Receita do Hospital Sírio-Libanês

A moderação foi feita por Carolina Dantas, diretora de Controladoria e Finanças do Sabará Hospital Infantil e conselheira fiscal da Anahp.

Confira abaixo os principais destaques do debate!

Desafios do fluxo de caixa hospitalar

O setor hospitalar opera com margens reduzidas e exige controle rigoroso dos recursos financeiros. Atrasos no repasse de operadoras e do SUS dificultam a previsibilidade financeira e tornam essencial um planejamento sólido. Outro desafio é a inflação médica e o alto custo de insumos, que pressionam ainda mais o equilíbrio econômico das instituições.

“Gerir o fluxo de caixa em um hospital exige precisão. Pequenas variações nos prazos de pagamento podem ter um impacto gigantesco na operação” Mônica Bezerra

Estratégias para otimização financeira

A automação e digitalização dos processos financeiros têm sido fundamentais para tornar a gestão hospitalar mais eficiente, reduzindo erros e melhorando a tomada de decisão. O uso de analytics e BI (Business Intelligence) permite antecipar cenários e mitigar riscos, enquanto a revisão de contratos e renegociação de prazos com fornecedores e operadoras melhora a previsibilidade do fluxo de caixa.

“Trabalhar com previsibilidade e inteligência financeira é o que diferencia um hospital financeiramente sustentável de um que está sempre em crise” – Marcos Simões

Captação de recursos e novas formas de financiamento

Para manter a saúde financeira, é essencial buscar crédito e financiamentos estruturados, garantindo capital de giro em momentos de necessidade. As parcerias público-privada (PPPs) são uma alternativa para hospitais filantrópicos ampliarem a capacidade de investimento. Além disso, apostar em inovação pode se tornar um diferencial competitivo no mercado hospitalar.

“Explorar novas formas de financiamento é uma necessidade. As instituições precisam olhar para o mercado de capitais e para oportunidades de investimentos estruturados” – Eliane Oliveira

Melhoria da relação com operadoras e fontes pagadoras

O relacionamento com operadoras e demais fontes pagadoras precisa ser aprimorado para garantir maior previsibilidade das receitas hospitalares. Monitorar a inadimplência e negociar ativamente os recebíveis são estratégias que ajudam na organização do fluxo de caixa. E a adoção de tecnologias para otimizar a conciliação de pagamentos e glosas reduz perdas e melhora a eficiência operacional.

“A relação entre hospitais e operadoras precisa ser mais transparente e estruturada. Quando isso acontece, os fluxos financeiros melhoram significativamente” – Carolina Dantas

Governança financeira e transparência

A implementação de boas práticas de governança financeira tem um impacto direto na sustentabilidade. Políticas de compliance e auditoria contínua garantem maior segurança na gestão de recursos e evitam riscos financeiros desnecessários. Além disso, a transparência nos processos de tomada de decisão fortalece a confiança de investidores, parceiros e fornecedores.

“Ter governança não é só seguir regras, é ter uma gestão inteligente que antecipa riscos e protege a instituição” – Eliane Oliveira

O que os especialistas recomendam?

A discussão evidenciou que a gestão eficiente do fluxo de caixa é um dos principais desafios dos hospitais, mas também uma das grandes oportunidades para melhorar a sustentabilidade financeira do setor.

Tecnologia, transparência e planejamento estratégico são pilares essenciais para lidar com as dificuldades de repasse, inflação médica e necessidade de investimentos.

O futuro da gestão hospitalar passa pela digitalização, automação e inteligência financeira, garantindo maior previsibilidade e segurança na administração dos recursos.

Assista ao debate na íntegra:

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