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Hospital Anchieta realiza talk show sobre labirintite

Náuseas e perda auditiva são alguns dos sintomas que atrapalham a vida de quem sofre com a doença

Na próxima terça-feira (02/02), a partir das 14h, o Hospital Anchieta realiza o Talk Show “Saúde em Dia, com Mônica Nóbrega”, no Hall do Pronto-Socorro. Durante o bate papo, a comunidade poderá tirar dúvidas sobre labirintite com a Dra. Larissa Vilela, especialista do Centro de Otorrinolaringologia de Taguatinga (COTTA), clínica parceira do Hospital Anchieta.

A doença é uma causa rara de tontura, causada por uma inflamação da orelha interna (labirinto), caracterizada por tontura rotatória (vertigem), que pode durar vários dias, associada a náuseas, vômitos, perda auditiva, zumbido e drenagem de secreção purulenta do ouvido. “Apesar do termo ter caído no jargão popular, a maior parte dos quadros de tontura não corresponde a labirintite”, explica a otorrinolaringologista.

Segundo a especialista, o problema pode ser causado por 3 fatores: uma infecção viral ou bacteriana da orelha interna ou pela simples presença de substâncias inflamatórias na orelha média, como em um quadro de otite. “Outros fatores que podem causar o desenvolvimento das tonturas são doenças do labirinto, neurológicas, psiquiátricas, metabólicas e vasculares; erros alimentares; problemas cervicais; medicamentos; trauma crânio-encefálico; tumores e envelhecimento”, pontua a médica.

Fatores de Risco: “Jejum prolongado, dieta irregular com abuso de cafeína, doces, gorduras, estresse, má-controle de doenças preexistentes como hipertensão, cardiopatias, diabetes e o uso excessivo de medicamentos podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver labirintite”, alerta Vilela.

Diagnóstico: é feito pelo exame físico otorrinolaringológico, complementado pela audiometria e pelo exame que avalia a função do labirinto, a vectoeletronistagmografia – VENG (registro gráfico do movimento oscilatório do globo ocular relacionado com os órgãos de equilíbrio).

Tratamento: durante a crise, os medicamentos conhecidos como supressores labirínticos (Meclizina, Dimenidrinato e Bloqueadores de canal de cálcio como Cinarizina ou Flunarizina) visam ao controle dos sintomas e devem ser usadas entre 5 e 7 dias. Essa medicação pode ser associada a antieméticos, para casos com náuseas e vômitos intensos.

“É importante frisar que os supressores labirínticos devem ser usados pelo menor tempo possível e somente no período da crise, para não atrapalhar o processo natural que acontece no organismo após um quadro de tontura, que se chama ‘compensação central’.

Essa compensação atua no reestabelecimento do equilíbrio. A reabilitação vestibular, que caracteriza-se por exercícios específicos para o fortalecimento das funções labirínticas, apresenta papel importantíssimo no tratamento desses pacientes podendo ser iniciada tanto na crise como após a crise para tratamento de lesões labirínticas”, sugere a otorrinolaringologista.

Hábitos de vida saudáveis, que incluem alimentação balanceada, prática de exercícios físicos regulares, boa qualidade de sono e redução do estresse, e o bom seguimento médico de doenças preexistentes são as principais medidas a serem tomadas para evitar crise de tontura.

Fonte: Hospital Anchieta – 01.02.2016

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