Estudo de materialidade é fundamental para a agenda ESG

Abordagem deve ser integrada e considerar as características específicas de cada organização

Na última quinta-feira (01), aconteceu o primeiro Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais de 2024. Serão quatro encontros em fevereiro para tratar de ESG, e o encontro inicial discutiu o tema “ESG – Para equalizar conceitos e entendimentos”. De início, a moderadora Ingrid Cicca, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Rede D’Or São Luiz, já destacou que não existe uma solução padrão para essa agenda. “Quando se fala em ESG, cada organização tem uma conjuntura única, que exige abordagem exclusiva”, avaliou.

Paulo Arias, líder técnico de ESG da DNV, reforçou que o relato ESG é apenas um norte e que os agentes devem construir seus próprios caminhos a partir disso, de acordo com as suas particularidades. “No caso dos indicadores, por exemplo, eles têm que fazer sentido para a empresa para que a sua história seja apresentada da melhor maneira”, acrescentou.

Glaucia Térreo, consultora em materialidade ESG, esclareceu que a materialidade é o mais importante na gestão ESG. “É o que mostra como está a minha realidade e quais são as minhas prioridades. Por isso, quando perguntam por onde começar eu sempre respondo: pela materialidade”. E completou dizendo que, para os hospitais, esse exercício vai demonstrar que muito do que é recomendado pelas boas práticas já está sendo feito. Roberto Gonzalez, Governance Officer do Sabará Hospital Infantil, avançou no assunto e destacou uma pesquisa internacional da Lanakaná revelando que apenas 1 dos 10 melhores hospitais do Ranking Newsweek de 2023 apresenta estudo de materialidade. Por outro lado, o documento mostrou que 98% dos estudos de materialidade causaram impacto para a organização.

Gonzalez ressaltou que a agenda ESG deve ser executada e apresentada de maneira integrada para provocar os resultados esperados. “Preciso demonstrar meus resultados econômicos junto com os impactos sociais e ambientais disso, assim eles podem ser avaliados de maneira mais adequada. Em ESG, quando uma peça se mexe, todas se movem junto”, afirmou. Ele explicou que essa integração se dá por meio da governança. “Se o seu comitê contar com profissionais cuidando da governança, tudo vai andar bem”, garantiu.

Térreo lembrou que muita coisa insustentável vem daquilo que o mercado assumiu como forma de produção e consumo. “As empresas têm muita responsabilidade e grande poder para atuar nesse cenário. Além disso, devem se lembrar que não existe companhia saudável em uma sociedade doente”, finalizou.

Assista ao debate na íntegra:

Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais

O debate ESG – Para equalizar conceitos e entendimentos” teve a participação de Glaucia Térreo, consultora em materialidade ESG, Paulo Arias, líder técnico de ESG da DNV, e Roberto Gonzalez, Governance Officer do Sabará Hospital Infantil. A moderação foi feita por Ingrid Cicca, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Rede D’Or São Luiz. 

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